Ascenso Simões direciona o texto que assina na Acção Socialista aos Governos que diz ter levado o país “à falência”. O socialista começa por lembrar a crise financeira de 2007 que eclodiu nos Estados Unidos e que acabou por chegar à Europa, com consequências que ainda hoje se sentem.
Mesmo com a crise financeira já ultrapassada do outro lado do Atlântico, Ascenso diz que os governos da altura em Portugal deixaram, “por ingenuidade ou visão infraestruturalista, fugir o défice e alargado os cordões à bolsa”. Ironicamente, o deputado refere que, após a descoberta do desequilíbrio das contas públicas, “os abutres dos mercados entraram por nós a dentro”, referindo-se a planos de contingência financeira que remetem precisamente para o governo de José Sócrates e posteriormente de Passos Coelho.
“Vieram os PEC’s, depois o Memorando da Troika e, por fim, o governo dos incompetentes”, afirma.
Foi esse governo que, diz, “assumiu a função de governanta, cara de pau e má de colher em punho, sovando os portugueses, em especial os mais pobres e a classe média”. As críticas ficam sem perímetro e o tom do socialista eleva-se.
“Esse governo de incompetentes faliu os portugueses. Eles diziam que encontraram o país falido porque os socialistas haviam gasto tudo. Mas o investimento em educação, em ciência em equipamentos e infraestruturas estava e está aí, vê-se, ninguém o pode roubar”, enumera Ascenso Simões, no mesmo dia em que é conhecida a fatura de um dos maiores investimentos que nunca chegou a existir, o TGV.
Cabe agora ao atual Executivo “pagar pelos socialistas que não souberam defender o seu património e 2011 e 2012”. Ainda assim, Simões termina o texto a exigir responsabilidades a Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.
“Passos e Portas roubaram os portugueses e faliram os bancos sem resolverem o problema das contas públicas. Eu acuso e exijo que sejam julgados. Em política também há julgamentos”.