"Por isso mesmo, também no CDS decidimos cancelar toda a agenda política", adiantou Assunção Cristas. Os centristas não terão iniciativas durante toda esta semana.
Assunção Cristas falava aos jornalistas na sede do CDS-PP, em Lisboa, onde a bandeira nacional foi colocada a meia haste, em observância do luto nacional de três dias decretado pelo Governo, entre hoje e terça-feira.
Tendo ao seu lado o líder da bancada parlamentar centrista, Nuno Magalhães, e o vogal da Comissão Executiva Pedro Mota Soares, a presidente do CDS-PP declarou: "Hoje estamos todos unidos no luto nacional por esta tragédia que está a assolar o centro do nosso país, no distrito de Leiria".
"É o tempo para estarmos unidos em luto pelas famílias, pelos amigos, e também unidos junto daqueles que estão a combater no terreno, Proteção Civil e bombeiros, em condições tão árduas e tão difíceis", completou.
"E eu queria reiterar as condolências, os sentimentos profundos que já fui deixando nas últimas horas nas redes sociais", acrescentou.
A presidente do CDS-PP referiu que teve oportunidade de falar com o Presidente da República, com o primeiro-ministro, que enviou os seus sentimentos aos autarcas e contactou as estruturas locais seu partido manifestando a sua proximidade.
"A nossa deputada da Comissão de Agricultura já esteve no terreno precisamente com o grupo de deputados daquela comissão, engenheira Patrícia Fonseca", salientou.
Assunção Cristas disse que também irá ao local, "em tempo", enquanto deputada eleita pelo círculo distrital de Leiria, mas defendeu que este "é o momento para deixar as forças no terreno operacionais a fazerem o seu trabalho", que "é muito difícil e em condições extraordinariamente exigentes".
O fogo deflagrou ao início da tarde de sábado numa área florestal em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, e alastrou-se aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, obrigando a evacuar povoações ou deixando-as isoladas.
Segundo o último balanço feito hoje pelo secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, cerca das 13:00, o incêndio provocou pelo menos 62 mortos. O anterior balanço era de 58 vítimas mortais.