A dois dias da ida às urnas dos militantes do PSD, enfrentaram-se pela última vez os dois candidatos à liderança do PSD, Pedro Santana Lopes e Rui Rio.
Depois de uma verdadeira saga para chegarem a acordo, finalmente aceitaram um duelo a três rondas. A primeira na RTP, marcada por vários ataques entre ambos, a segunda, ontem à noite na TVI, onde continuaram focados no seu passado, no mandato da PGR e no crescimento económico, e o duelo final foi esta quinta-feira de manhã na rádio, numa emissão conjunta entre a Antena 1 e a TSF, a partir do auditório da RTP.
O debate radiofónico foi conduzido pela editora de política da Antena 1, Maria Flor Pedroso, e pelo subdiretor da TSF, Anselmo Crespo .
11h35: Por fim, o debate entre Pedro Santana Lopes e Rui Rio termina.
11h32: Rio garante que não vai marginalizar o opositor, caso vença as eleições diretas. "Se ganhasse convidaria Santana Lopes para colaborar no partido", afirma. Já Santana sobre Rio indica que "logo se verá", pois, antes disso, ainda tem "de ganhar as eleições".
11h30: Sobre a despenalização da canábis para fins medicinais, Rio apoia com "suporte da ordem dos médicos e com receita médica", Santana é "contra", acrescentando que "vivemos num tempo de ditadura moral da esquerda".
11h21: Depois de Santana Lopes ser questionado sobre a entrada da Santa Casa no capital do Montepio, instituição de que foi provedor, e dizer que acha “normal” as aplicações investidas pela Santa Casa, ainda que garanta que só mandou estudar o cenário, Rui Rio ataca e mostra ser contra. "Se me revolto com pagar dos impostos dos portugueses por causa dos erros da banca, que se salvem pelo menos os excedentes de tesouraria da Misericórdia", diz.
11h17: E o tema que marcou o dia de ontem chega ao debate: o mandado da PGR, Joana Marques Vidal. Sobre se a decisão sobre o mandato da PGR terá a ver com à forma como o Ministério Público tem atuado em casos como a "Operação Marquês", Santana Lopes diz que não devem ser feitas "considerações desse género sobre processos individuais". Rio volta a repetir, como fez ontem, que o Presidente "esteve muito bem" em não querer pronunciar-se sobre o tema.
11h09: Sobre a lista para as eleições Europeias que está em branco, Santana Lopes diz fazer uma apreciação "muito positiva" dos deputados europeus. "Os deputados do PPD/PSD têm tido um papel extraordinário", avalia. O opositor Rui Rio concorda com a apreciação positiva, mas diz que as opções para as listas têm de ser feitas em "altura própria".
11h02: Questionados sobre as presidenciais, Santana Lopes defende que uma recandidatura do Presidente da República "deve ter o apoio do partido" e que caso "houvesse eleições presidenciais amanhã naturalmente apoiava a recandidatura de Marcelo". Já Rui Rio não quer antecipar essa decisão. "Não apoio [Marcelo] só porque é popular", diz, num ataque ao opositor, que afirma que só apoia o Presidente devido à sua popularidade.
10h56: Sobre uma eventual revisão da Constituição, Santana Lopes diz que "gostava de uma Constituição menos marcada do ponto de vista ideológico", mas que a reforma constitucional não está entre as suas prioridades. Para Rio, "é quase impossível não mexer na Constituição se queremos avançar com uma reforma de fundo do regime", dizendo, ainda, que preferia uma Constituição mais curta e linear
10h48: Santana Lopes fala do PSD e das "lapas", questionado pelos moderadores sobre o que significa a expressão explica que são pessoas "que andam a dizer uma coisa de uma candidatura, outras de outra", defendendo que falta modernizar o partido por dentro. Sobre as mesmas "lapas", Rui Rui afirma que é preciso "abrir o partido à sociedade".
10h40: Rui Rio diz ser necessário expor "todas as fragilidades" do Governo de António Costa, pois essas fragilidades, para o candidato, ainda não estão todas à vista. Santana admite estar "desejoso" de debater com o primeiro-ministro.
10h35: "Não trabalho com cenários negativos", diz Santana questionado sobre uma eventual demissão em caso de não conseguir formar governo nas próximas legislativas. Já Rio diz que "logo se verá as circunstâncias e como as coisas estão".
10h29: "Eu não viabilizo governos minoritários do PS", concorda Santana, acrescentando que "Bloco Central não". O candidato à liderança do PSD diz ainda que o partido tem "uma tradição de generosidade que o PS não tem connosco".
10h25: Questionados sobre um possível governo minoritário do Partido Socialista, Rui Rio comenta que prefere "retirar o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista da esfera do poder", acrescentando ainda que “preferia que o PS ficasse livre e mais condicionado ao PSD do que com um acordo, como o que existe”.
10h18: Santana Lopes ataca Rio e diz ser "inaceitável" que este tenha apoiado um candidato independente contra o PSD, no Porto. "A situação em Gaia era ainda pior que a situação que José Sócrates deixou a nível nacional", defende-se Rio para justificar a sua decisão de não apoiar Luís Filipe Menezes nas autárquicas de 2013, vencidas por Rui Moreira.
10h16: Pedro Santana Lopes diz que não sente o peso de ter rejeitado a corrida a Lisboa. "Não quis trocar Lisboa por Lisboa". Já Rui Rio, faz saber que a sua fidelidade é aos portuenses. "A minha dignidade não está à venda", declara.
10h10: Santana fala na obra que fez como virtude e como defeito "generosidade".
10h08: Começam por enumerar as suas virtudes. Rui Rio diz que tem uma "certa estabilidade aliada à coerência", questionado sobre o maior defeito, responde: "a idade".
10h05: O debate arranca com um ligeiro atraso. Começa a falar Rui Rio.
As eleições diretas para eleger o substituto de Pedro Passos Coelho no PSD estão marcadas para o próximo sábado, 13 de janeiro.
[Última atualização às 11h58]