Após reunião com o Presidente da República, Carlos Silva da UGT teceu críticas aos partidos à Esquerda, “que sempre afirmaram que a Concertação Social não serve para resolver o problema do país e dos trabalhadores”. E lamentou que não tenha havido Concertação Social sobre o salário mínimo nacional.
“Se tudo correr bem, apresentamos em setembro/outubro [a proposta] dos 615 euros para 2019”, revelou o responsável.
Em declarações aos jornalistas à saída de uma audiência em Belém, Carlos Silva aproveitou para sublinhar que a UGT é “amiga da Concertação”.
“Defendemo-la porque entendemos que é o patamar excecional tripartido único que existe no país, na Europa e no Mundo, onde trabalhadores, empregadores e governos estão a discutir as mesmas matérias, cada um com o seu ponto de vista para atingir compromissos”, frisou, lamentando que “outros” não a valorizem.
“Mas isso cada um assume as suas responsabilidades”, disse. Carlos Silva referia-se concretamente aos partidos à Esquerda “que sempre afirmaram que a Concertação Social não serve para resolver o problema do país e dos trabalhadores”.
O líder da UGT criticou ainda as declarações do líder parlamentar do PCP, João Oliveira, que afirmou que o Governo tem de decidir entre o país e a Europa. “Devo dizer que é realmente uma frase que não cai bem, sobretudo num país europeísta, com um Governo europeísta, com partidos que construíram aquilo que é hoje Portugal com base no seu europeísmo, no seu atlantismo, estamos na Europa, a UGT quer estar na Europa e quer que o país continue a fazer parte da Europa”, posicionou-se.
Por fim, referiu que no encontro com Marcelo foram abordadas questões laborais e a questão da Autoeuropa.