Paulo de Morais criticou duramente o Gabinete de Recuperação de Ativos pela “recuperação (quase) zero” em relação aos bens em que o Estado é lesado.
“O Gabinete de Recuperação de Activos depende da Polícia Judiciária e serve para recuperar os bens em que o Estado é lesado, nomeadamente ao nível da corrupção e fuga ao fisco. No caso BPN deveria recuperar cinco mil milhões, no caso BES deveria confiscar todas as propriedades da família Espírito Santo. Assim como nas Operações Marquês, Furacão e Monte Branco, Banif, etc. Mas o montante de activos recuperados tem sido e é ridiculamente baixo, insignificante”, assegura o ex-candidato à Presidência da República que é conhecido pelo seu combate à corrupção.
No mesmo sentido, Paulo de Morais explicou que “os poucos bens recuperados resultam de apreensões em média criminalidade económica”, tratando-se “por regra de carros de luxo, Rolls Royce, Jaguar, Mercedes”.
Por outro lado, “a rentabilização destes bens está a cargo do Gabinete de Administração de Bens (do Instituto de gestão Financeira e Equipamentos da Justiça). Mas o gabinete não consegue vendê-los, pois nem sabe (ou não quer) como fazê-lo. Então a recuperação vale... (quase) zero”, assegurou.