O Facebook confirmou que apagou o vídeo do ataque terrotista a duas mesquitas de Christchurch, Nova Zelândia. Diz o Insider que o vídeo foi filmado pelo próprio autor durante o ataque, mostrando-o a carregar uma ‘shotgun’ e a entrar na mesquita antes de começar a abrir fogo.
“Os nossos corações estão com as vítimas, as famílias e a comunidade afetada com este ato horrendo”, pode ler-se no comunicado enviado pela diretor de política da Austrália e Nova Zelândia, Mia Garlick.
“A polícia da Nova Zelândia alertou-nos sobre o vídeo no Facebook pouco depois de a transmissão ter começado e removemos o vídeo assim como as contas de Facebook e Instagram”, continua o comentário. “Também estamos a remover quaisquer elogios e apoio ao crime e ao atirador ou atiradores assim que estivermos ao corrente. Continuaremos a trabalhar diretamente com a polícia da Nova Zelândia à medida que a resposta e investigação continuam”.
A transmissão do ataque – que fez tem 49 mortos confirmados e dezenas de feridos – pode ter sido feita no Facebook mas, como nota o jornalista Drew Harwell do Washington Post na sua conta de Twitter, representa um sinal claro do trabalho que as grandes tecnológicas ainda têm que fazer ma monitorização e moderação de conteúdo nas suas plataformas.
“O massacre na Nova Zelândia foi transmitido ao vivo no Facebook, anunciado no 8chan, partilhado no YouTube, comentado no Reddit e mostrado em todo o mundo antes que as empresas tecnológicas pudessem sequer reagir”, lê-se no ‘tweet’ de Harwell abaixo.
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The New Zealand massacre was livestreamed on Facebook, announced on 8chan, reposted on YouTube, commentated about on Reddit, and mirrored around the world before the tech companies could even react.
— Drew Harwell (@drewharwell) 15 de março de 2019