Tudo indica que a Apple planeia lançar um serviço de subscrição de notícias, estando atualmente à procura de publicações que queiram contribuir com peças. Em teoria, a ideia é dar a empresas de media um novo canal de distribuição mas parece que a ideia não foi bem recebida pelo The New York Times, que rejeitou a proposta.
Em entrevista à Reuters, o CEO da publicação, Mark Thompson, explicou que aceitar pertencer ao serviço da Apple significaria um corte na receita de subscrição do The New York Times. Isto porque a tecnológica de Cupertino reteria 50% da receita dos subscritores.
Há ainda os perigos a médio/longo prazo de habituar os leitores do The New York Times a irem a outro serviço em vez do site da publicação. É aqui que Thompson usa como exemplo o modelo da Netflix.
“Mesmo que a Netflix te ofereça muito dinheiro… Fará sentido ajudar a Netflix a construir uma base gigante de subscritores ao ponto de poderem gastar 9 mil milhões de dólares por ano a criar o seu próprio conteúdo e a pagarem-me cada vez menos pela minha biblioteca?”, aponta Thompson, receoso que o serviço da Apple se venha a tornar mais relevante ao ponto de colocar de parte o The New York Times e outras publicações.
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