A Fisher-Price criou uma cadeira de bebé que parece aproximar cada vez mais os recém-nascidos à tecnologia. Isto porque aquela espreguiçadeira traz um suporte para iPad.
“É mais um atentado à comunicação natural com o bebé numa altura em que precisa de comunicar e ter vínculos fortes”, explicou ao DN o pediatra Gomes Pedro.
O especialista referiu que “pode haver algum tempo de televisão ou associado a tecnologias, [já que] não é proibitivo que se veja uma imagem ou até se brinque com um jogo”. No entanto, embora possam “libertar os pais, não têm matéria que alimente o bebé”.
Isto porque “o bebé procura a comunicação através de vínculos fortes com os pais, parentes ou amigos. E neste caso, substitui-se uma prática de relação afectiva por mecanismos que distraem a criança mas não reforçam” esses laços.
Um grupo de cidadãos intitulado ‘Campanha para um Infância Livre de Mercantilismo’, proveniente de Boston, Estados Unidos, também está contra este brinquedo sendo que esta ‘baby-sitter electrónica’, como lhe chamam, “desencoraja interacções que são cruciais para a aprendizagem e para um desenvolvimento saudável”, justificou à agência Reuters a líder Susan Linn.