A Tianzhou-2, concebida para transportar mercadoria, deveria ter descolado ao início da manhã de hoje, no entanto, Pequim anunciou que o lançamento foi adiado através de um comunicado divulgado, sem especificar o que levou ao adiamento ou quando ocorreria.
Se tivesse descolado, a Tianzhou-2 seria a primeira missão até ao principal módulo da estação espacial Tianhe, lançada em 29 de abril. Um total de 11 lançamentos estão planeados até ao final do próximo ano para transportar os outros dois módulos desta estação espacial, vários componentes e uma equipa de três pessoas.
O lançamento da Tianhe foi considerado um sucesso, mas a China foi amplamente criticada por permitir a reentrada descontrolada das porções do foguetão que a transportou até à órbita terrestre.
O administrador da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) dos Estados Unidos, Bill Nelson, considerou na altura que Pequim tinha falhado em corresponder aos padrões necessários no que dizia respeito ao tratamento dos destroços espaciais.
O programa espacial chinês enfrentou alguns percalços desde que colocou um astronauta em órbita, em 2003. O lançamento da estação espacial, por exemplo, foi adiado por causa de uma falha na primeira versão do gigantesco foguetão Long March 5B.
No início do mês, a China conseguiu, no entanto, aterrar a sonda Tianwen-1, assim como o 'rover' Zhurong, no solo de Marte, missão que já começou a enviar os primeiros registos.
Através de uma mensagem publicada no site oficial, a NASA congratulou a Administração Nacional Espacial da China pela chegada das primeiras imagens do solo marciano.
"Parabéns à Administração Nacional Espacial da China pelo recebimento das primeiras imagens do 'rover' Zhurong Mars. (...), os Estados Unidos e o mundo estão expectantes em relação às descobertas que o Zhurong vai fazer em prol do conhecimento humano sobre o 'Planeta Vermelho'", explicitou o administrador da NASA, através da nota publicada.
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