Internet. Três quartos dos portugueses preocupados com desinformação

Cerca de três quartos dos portugueses que utilizam a Internet afirmam-se preocupados com o que é real e falso 'online', de acordo com o Reuters Digital News Report 2021 (Reuters DNR 2021), hoje divulgado.

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Lusa
23/06/2021 00:10 ‧ 23/06/2021 por Lusa

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Fake News

"A desinformação relacionada com a covid-19 domina o espectro dos conteúdos ilegítimos com que os inquiridos mais se depararam na semana anterior, seguida pelos conteúdos relacionados com política", refere o décimo relatório anual do Reuters Institute for the Study of Journalism (RISJ) e o sétimo relatório a contar com informação sobre Portugal.

Destaca-se ainda que "os portugueses que menos confiam em notícias dizem deparar-se mais com conteúdos desinformativos relacionados com imigração".

Entre as fontes que mais preocupam os inquiridos do estudo, "em termos de emissão de desinformação relacionada com a covid-19 e com a pandemia, destacam-se o Governo, políticos ou partidos políticos nacionais (30%), seguidos pelos ativistas individuais ou movimentos ativistas".

Cerca de 16% afirmam-se "preocupados com a informação veiculada por outros cidadãos comuns, chegando aos 12,5% os que afirmam estar preocupados com a desinformação oriunda de jornalistas ou marcas de notícias".

No digital, a rede social Facebook "é a fonte que mais preocupa os portugueses -- 37,9%", enquanto os 'sites' ou 'apps' (aplicações) de notícias preocupam 16,8% dos inquiridos e as 'apps' de mensagens, como o WhatsApp ou o Facebook Messenger, são fonte de preocupação para apenas 13,6% dos portugueses.

"De forma agregada, observa-se que cerca de metade dos portugueses estão preocupados com desinformação relacionada com a pandemia nas redes sociais, sendo que aproximadamente seis em cada 10 preocupam-se com conteúdos parcial ou totalmente falsos com origem em redes sociais e 'apps' de mensagens", adianta.

Enquanto parceiro estratégico, o OberCom -- Observatório da Comunicação colaborou com o RISJ na conceção do questionário para Portugal, bem como na análise e interpretação final dos dados.

O inquérito realizado foi realizado em em 46 países: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal, Irlanda, Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Suíça, Áustria, Hungria, Eslováquia, República Checa, Polónia, Croácia, Roménia, Bulgária, Grécia, Turquia, Coreia do Sul, Japão, Hong Kong, Malásia, Filipinas, Taiwan, Singapura, Austrália, Canadá, Brasil, Argentina, Chile, México, Quénia e África do Sul.

O tamanho total da amostra foi de 92.155 adultos com cerca de 2.000 por mercado (1.501 em Hong Kong) e o trabalho de campo foi realizado no final de janeiro/início de fevereiro deste ano.

Leia Também: Facebook e Youtube registam perdas de utilizadores em Portugal em 2020

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