Governo militar do Sudão restabeleceu hoje a ligação à Internet

O Governo militar do Sudão restabeleceu hoje a ligação à Internet, que tinha estado cortada desde o golpe de 25 de outubro, um passo para diminuir a repressão vivida no país que já matou 45 pessoas. 

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Lusa
18/11/2021 17:35 ‧ 18/11/2021 por Lusa

Tech

Repressão

 

Desde o golpe do general Abdel-Fattah al-Burhan, as Nações Unidas, embaixadores ocidentais, ativistas e até juízes sudaneses têm vindo a apelar para o restabelecimento da Internet.

Depois de restaurar as comunicações telefónicas durante a noite, o executivo repôs a Internet durante a tarde.

Todavia, a organização não-governamental Netblocks, com sede em Londres, que documenta a censura na rede em todo o mundo, observou que a Internet estava "parcialmente restaurada".

Os ativistas, através das redes sociais, pediram aos sudaneses que carregassem vídeos e informações sobre as manifestações de quarta-feira que mataram 15 pessoas.

Um tribunal sudanês ordenou hoje a detenção de três diretores de empresas de telecomunicações até que o serviço de Internet seja restabelecido.

Os operadores afirmaram que tinham recebido ordens das autoridades militares do país para interromper a conexão com o fim de proteger a segurança nacional após o golpe.

Desde o golpe, os serviços de Internet por cabo continuam a operar, mas o seu preço é muito alto, cerca de 441 euros por mês, o que significa que apenas algumas empresas têm acesso a este serviço. 

A interrupção das comunicações também afetou o fluxo de informações sobre os protestos e a situação no Sudão, especialmente fora da capital, Cartum.

Nos últimos dias, a comunidade internacional e organizações como as Nações Unidas têm instado os militares sudaneses que perpetraram o golpe a permitir que os cidadãos protestem livremente.

Em 25 de outubro, o líder militar sudanês, o general Abdel-Fattah al-Burhan, declarou o estado de emergência e dissolveu os órgãos criados para a transição democrática no país africano, além de prender o primeiro-ministro, Abdullah Hamdok, que se encontra em prisão domiciliária.

Leia Também: Sudão. ONU condena homicídio de 39 pessoas em repressão dos protestos

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