Ucrânia. Regulador russo procede a bloqueio do Twitter depois do Facebook

O regulador russo das comunicações, Roskomnadzor, procedeu ao bloqueio da rede social Twitter, pouco depois de ter feito o mesmo com o Facebook.

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Lusa
04/03/2022 21:48 ‧ 04/03/2022 por Lusa

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Ucrânia/Rússia

De acordo com um documento no 'site' do regulador, a medida obedece a uma petição judicial russa de 24 de fevereiro, dia do início da invasão russa na Ucrânia.

De acordo com a Efe, no momento em que esta notícia estava a ser escrita, o Twitter ainda estava disponível em Moscovo.

Anteriormente, Roskomnadzor tinha anunciado o bloqueio do Facebook em resposta à "censura" de contas de media russos.

"Em 04 de março foi decidido bloquear o acesso à rede social Facebook, controlada pela Meta, em território da Federação Russa", sublinhou Roskomnadzor, num comunicado.

O regulador russo já tinha restringido parcialmente e desacelerado o acesso ao Facebook e Twitter por divulgar "informações falsas" sobre a atuação das forças russas na Ucrânia.

Agora explicou que tomava esta medida depois da tecnológica norte-americana ter restringido as contas oficiais de quatro media russos: o canal de televisão militar Zvezda, a agência oficial RIA Novosti, o portal Lenta e o diário Gazeta.ru.

Meta, dona do Facebook, lamentou hoje que "milhões de russos comuns serão em breve privados de informações fiáveis", nas palavras de Nick Clegg, presidente de assuntos internacionais do grupo norte-americano.

Ficarão também "privados dos seus meios de comunicação diários com familiares e amigos e reduzidos ao silêncio", acrescentou, num comunicado publicado no Twitter.

A Meta detém o Facebook, Instagram e WhatsApp.

Também esta sexta-feira, a Rússia aprovou uma lei que sanciona, com pena de prisão de 10 a 15 anos, a publicação de "notícias falsas" que pretendam desprestigiar o exército russo.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kyiv contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

Leia Também: Twitter voltará a abrir escritórios mas não desistirá do teletrabalho

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