Gostava que a Media Capital tivesse uma rede social, diz CEO
O presidente executivo (CEO) da Media Capital defendeu hoje que se tem de "saber viver" com as redes sociais, que considera ser uma "realidade incontornável" e admitiu que gostaria que o grupo tivesse uma rede social própria.
© Reuters
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Pedro Morais Leitão falava no primeiro Encontro Luso-Brasileiro de Rádio e Televisão, que assinalou os 100 anos de rádio no Brasil, o bicentenário da Independência brasileira, e os 60 anos da ABERT - Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, que decorreu hoje na Casa da América Latina, em Lisboa.
"Eu não creio que as redes sociais sejam a besta do século XXI, creio que são uma realidade incontornável do século XXI e acho que temos de saber viver com elas", afirmou, em resposta a uma questão do público.
Pessoalmente, "gostaria muito que a Media Capital investisse em criar a sua própria rede social, o conteúdo gerado pelos utilizadores é neste momento uma realidade incontornável do mercado publicitário", acrescentou o gestor.
Por isso, "é preferível que os grupos de media estejam dentro dessa atividade do que se mantenham orgulhosamente fora", rematou.
"Eu não quero que as redes sociais nem as plataformas sejam jornais e revistas, não podem ser", disse, por sua vez, o presidente executivo da Visapress, Carlos Eugénio, que falava no mesmo painel que Pedro Morais Leitão, sobre perspetivas e panorama das leis internacionais de remuneração das atividades jornalísticas pelas plataformas de Internet.
"O princípio da especialização leva a que existam organizações específica para poderem dar a melhor qualidade à informação, as plataformas são plataformas, são exatamente isso", prosseguiu.
As plataformas como, por exemplo, a Google, "têm a responsabilidade no conteúdo que veiculam, isso têm", referiu, defendendo "tudo fazer para que nunca sejam órgãos de comunicação social".
Questionado pela Lusa no final da sua intervenção, Pedro Morais Leitão disse que a existência de uma rede social própria do grupo era uma preferência pessoal sua.
"Disse que gostaria muito que a Media Capital quisesse investir, o que é diferente de dizer que a Media Capital quer investir, é uma preferência pessoal", explicou à Lusa o CEO da dona da TVI, adiantando que não está nada a ser planeado neste momento.
Já sobre a greve de jornalistas anunciada para 08 de março, o gestor escusou-se a comentar, já que é um assunto para dialogar com a Comissão de Trabalhadores da empresa.
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