De acordo com o Índex de Patentes 2022, hoje publicado pelo IEP, o número total de pedidos de patentes submetidos por empresas e inventores portugueses aumentou 7,6% em 2022 para um total de 312, o maior volume até à data e 40% acima do volume registado há cinco anos.
Esta subida compara com um acréscimo de 15,5% em 2021, para 290, e com o aumento de 2,5% nos pedidos de patentes totais ao IEP também em 2022, para 193.460.
À semelhança do ano anterior, em Portugal no ano passado, a tecnologia informática foi novamente a área com mais pedidos de patentes apresentados junto do IEP, seguindo-se as tecnologias médicas e farmacêuticas e fazendo da saúde a indústria com o maior número de submissões.
Ao todo, no ano passado, as empresas e inventores portugueses aumentaram os seus pedidos de patentes para produtos farmacêuticos em 85,7%.
Quanto aos requerentes de patentes de Portugal, a Feedzai, empresa portuguesa dedicada à inteligência artificial para prevenir e detetar fraude nos pagamentos em instituições financeiras, voltou a ser a principal entidade a submeter pedidos (20), juntamente com a Universidade de Aveiro (também 20), seguindo-se a Novadelta (13), a NOS Inovação (nove), a Universidade do Minho (oito), a Universidade de Coimbra (sete), a Universidade Nova de Lisboa (seis), o Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (cinco), a Universidade do Porto (também cinco) e a Altice Labs (quatro).
Entre estes 10 principais requerentes junto IEP, seis são universidades ou institutos portugueses.
No que toca a regiões, o Norte liderou o número de pedidos de patente, com uma quota de 36,2% face ao total, seguida de perto pela região Centro com uma fatia de 33,3%. Lisboa teve, por seu lado, o crescimento mais forte (+38,6%), contribuindo para 25,3% do número total dos pedidos portugueses.
No conjunto total, em 2022, os cinco principais países de origem para pedidos de patentes no IEP foram os Estados Unidos (equivalendo a um quarto do total), a Alemanha, o Japão, a China e França.
Ainda assim, o crescimento dos pedidos registado no ano anterior foi alimentado principalmente pelas submissões oriundas da China (+15,1% em comparação com 2021), que mais do que duplicaram nos últimos cinco anos, bem como, embora em menor medida, pelos pedidos norte-americanos (+2,9%) e da República da Coreia (+10,0%).
A fabricante chinesa Huawei, que já tinha sido a principal empresa requerente, foi novamente a líder em 2022 (com 4.505 submissões), seguida pela coreana LG (3.510), pela norte-americana Qualcomm (2.966), pela coreana Samsung (2.874), pela sueca Ericsson (1.827), pela alemã Siemens (1.735), pela norte-americana Raytheon Technologies (1.539), pela alemã BASF (1.401), pela Royal Philips (1.338) e pela japonesa Sony (1.329).
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