Uma dupla de negacionistas anti-vacina da Covid-19 pretendia destruir várias torres de transmissão com tecnologia 5G, concluiu o Tribunal da Coroa de Leeds, no Reino Unido. Ambos são acusados de encorajar o terrorismo e conspiração para causar danos criminais.
Um deles também é acusado de disseminação de publicações terroristas e de posse de informações úteis para o terrorismo.
A dupla, contou o procurador Tom Storey, citado por meios britânicos, subscreveu teorias da conspiração que envolviam uma alegada ligação entre as torres de telefonia móvel 5G e a vacina contra a Covid-19, acrescentando: “Discutiram abertamente a destruição potencial de torres 5G, tanto em princípio quanto por referência a torres específicos que eles achavam que deveriam ser visados."
Ao que o tribunal ouviu, ambos acreditavam que as torres de tecnologia 5G serviriam como armas contra membros do público e estavam vinculadas ao lançamento da vacina contra a Covid-19.
Darren Reynolds e Christine Grayson defenderam a violência contra aqueles que chamavam de "traidores", disse ainda o mesmo tribunal, acusando Reynolds de publicar visões de extrema-direita, antissemitas e racistas.
Os réus "ultrapassaram a linha" entre expressar opiniões e "advogar abertamente o uso da violência contra aqueles que eles consideravam traidores", considerou ainda Storey.
A 29 de junho de 2021, por exemplo, Reynolds apelava nas redes sociais: "Invadir o Parlamento e os Lordes, arrastá-los para fora e enforcá-los no local por traição."
Foram encontradas armas nas residências de ambos, quando as mesmas foram alvo de buscas em 22 de agosto do ano passado. Grayson, de York, tinha uma besta e várias setas. Já Reynolds, de Sheffield, tinha duas réplicas de espingardas de assalto.
O par nega qualquer acusação.
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