A vice-presidente da Comissão para os Valores e Transparência, Vera Jourová, e o comissário para o Mercado Interno, Thierry Breton, participam na reunião, na segunda-feira, com os restantes signatários do código de conduta que há um ano apresentou as linhas sobre como contrariar a desinformação.
No horizonte estão as eleições europeias em junho de 2024 e de que maneira a propagação da desinformação e a manipulação podem condicionar as escolhas dos eleitores dos 27, o "aprofundamento do trabalho de verificação de factos, a melhoria no acesso a dados de pesquisa e a capacitação dos utilizadores para responder à evolução da inteligência artificial", dá conta um comunicado divulgado pela Comissão Europeia.
Numa altura em que softwares como o ChatGPT e outras ferramentas que utilizam a inteligência artificial estão a propagar-se a um ritmo bastante acelerado, Bruxelas quer estar preparada para responder a eventuais ameaças às instituições europeias e nacionais de cada Estado-membro.
Vários analistas alertaram para as potencialidades, mas também para os perigos inerentes à disseminação desenfreada da inteligência artificial.
Em simultâneo, a União Europeia está envolvida num esforço para contrariar a propaganda do Kremlin, que se intensificou com a invasão à Ucrânia no final de fevereiro do ano passado.
"A cooperação entre os signatários [do código] e o grande número de organizações que estão agora dispostas a assiná-lo demonstram que é um instrumento eficaz e dinâmico para combater a desinformação. No entanto, tem progredido lentamente em aspetos cruciais, como a propaganda de guerra a favor do Kremlin, o acesso independente a dados e a utilização indevida de inteligência artificial", advertiu Vera Jourová, citada na nota divulgada.
Em fevereiro deste ano, os signatários do Código de Conduta contra a Desinformação apresentaram os primeiros relatórios. Em julho a Comissão vai receber outra leva de relatórios sobre a evolução deste processo contra a contaminação democrática pela desinformação.
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