Ciberataques serão feitos por IA muito em breve, diz especialista

O especialista em cibersegurança finlandês Mikko Hyppönen advertiu hoje que os ciberataques podem passar a ser realizados através de inteligência artificial (IA) "muito em breve" e a capacidade de defesa contra os ataques é desconhecida.

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Lusa
28/09/2023 15:23 ‧ 28/09/2023 por Lusa

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Ciberataque

"O que estamos à espera, agora, é que todos estes ataques cibernéticos se automatizem. Mas eles serão automatizados com a ajuda da inteligência artificial. (...) Deixarão de ser feitos por humanos. Os humanos concebem-nos, orquestram-nos, lançam-nos e depois funcionam automaticamente", afirmou Hyppönen, considerado um dos maiores especialistas mundiais em cibersegurança, falando à imprensa estrangeira em Helsínquia à margem do Nordic Business Fórum, que decorreu até hoje na capital finlandesa.

Segundo o responsável da investigação da WithSecure, empresas de cibersegurança como a sua têm a defesa contra ataques totalmente automatizada.

"Por isso, somos muito rápidos a encontrar novos ataques, a analisar os ataques, a criar deteção para novos ataques, a testar a nova deteção, a implementar a nova deteção em minutos. Os atacantes estão a trabalhar bastante devagar porque são humanos, mas os defensores são muito rápidos porque automatizámos tudo", explicou.

Mas alertou: "O que vai acontecer a seguir é que eles vão automatizar o seu trabalho. E quando isso acontecer - e isso vai acontecer no próximo mês, daqui a dois meses, três meses, muito em breve - então veremos quem é que vai ganhar. A boa ou a má inteligência artificial?".

Sobre o futuro da IA, o especialista contrariou visões mais pessimistas de que poderá significar a extinção humana.

"Ainda haverá vida inteligente na Terra, mas não será humana. Esse é um cenário. Mas eu sou muito mais otimista. Penso que estamos a caminhar para um futuro em que veremos inteligência sobre-humana, mas acho que seremos capazes de construir o sistema de modo a que, em vez de destruir a humanidade, a IA a ajude", referiu.

Os seres humanos, adiantou, têm um quociente de inteligência (QI) "muito limitado comparado com a coisa que está a chegar" -- um QI médio de 100 de um humano contra um QI de um bilião da IA.

"Não há maneira de podermos saber o que vai acontecer. É como as formigas a tentar perceber o que nós estamos a planear fazer. E isso é entusiasmante e um pouco assustador", disse.

Leia Também: OpenAI removeu a maior limitação do ChatGPT

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