X começa a funcionar no Brasil após 40 dias de suspensão judicial

A rede social X começou hoje a funcionar no Brasil, após autorização pelo Supremo Tribunal Federal, depois de a plataforma ter pagado a multa por incumprimento de decisões judiciais, terminando uma suspensão que durava desde 30 de agosto.

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Lusa
09/10/2024 18:59 ‧ 09/10/2024 por Lusa

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Rede social X

Em comunicado, a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) indicou ter começado a notificar "as prestadoras de serviços de telecomunicações para que permitam a seus clientes o acesso à plataforma X".

 

"Caberá a cada uma das prestadoras tomar as providências técnicas necessárias para implementar essa ordem judicial", detalhou, acrescentando que o tempo para a execução do desbloqueio depende agora das prestadoras de internet.

Esta decisão surge um dia depois do juiz Alexandre de Moraes ter autorizado o regresso das atividades da rede social X, após a empresa ter pagado 4,7 milhões de euros em multas.

Em comunicado, a rede social X afirmou que "orgulha-se" de regressar ao Brasil.

"Continuaremos a defender a liberdade de expressão, dentro dos limites da lei, onde quer que operemos", garantiu a rede social X que está suspensa desde 30 de agosto no âmbito de um processo criminal por desinformação e crimes de ódio na internet.

O Governo brasileiro já reagiu através do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, enaltecendo "a decisão do X de pagar multas pendentes e se adequar à legislação brasileira".

"Mostramos ao mundo que aqui as leis devem ser respeitadas, seja por quem for. O Brasil é soberano", lê-se na mesma nota.

O juiz Alexandre de Moraes tomou essa decisão devido à recusa da empresa de Elon Musk em remover uma dezena de perfis dedicados à desinformação e ligados à extrema-direita.

Elon Musk recusou-se durante semanas a cumprir as ordens de remoção dos perfis e, após receber um ultimato do juiz, anunciou o encerramento do escritório da rede social no país e a dispensa da representação legal no país, apesar das exigências da lei brasileira.

O magnata acusou ainda Alexandre de Moraes de ser um "ditador de toga" que ameaçava a liberdade de expressão e juntou-se aos apelos do ex-Presidente Jair Bolsonaro para que fosse aberto um processo de 'impeachment' contra o juiz.

No entanto, no final de setembro, o magnata recuou nas suas provocações, voltou a nomear representantes legais no país e concordou em cumprir as ordens judiciais sobre a remoção de perfis.

Leia Também: Departamento de Justiça dos EUA recomenda 'desmantelar' a Google

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