"A perspetiva positiva para 2025 para a indústria global de semicondutores reflete a nossa visão que tanto as empresas sem fábrica ('fabless') como fabricantes de 'chips' de nós avançados devem continuar a beneficiar do aumento da procura que se traduzirá em receitas mais elevadas e melhores margens", lê-se no relatório sobre as perspetivas globais do setor para este ano, hoje divulgado.
As 'fabless' são empresas que concebem e vendem 'chips', mas não os fabricam, como no caso da AMD, Broadcom, Qualcomm, MediaTek, Nvidia e ARM.
Os nós avançados ('advanced node', em inglês) são 'chips' com um tamanho de nó de sete nanómetros ou menos, normalmente usados por aplicações que requerem um elevado poder de computação com um baixo consumo de energia, usados por exemplo em 'smartphones' avançados ou 'chips' especializados de IA e versões avançadas de computadores.
A Morningstar DBRS destaca que a indústria de semicondutores deverá "expandir-se ainda mais em 2025" devido às exigências dos centros de dados ('data centers') e à maior adoção da inteligência artificial.
Os riscos geopolíticos "continuam a ser um fator decisivo nas curvas da oferta e da procura", adianta, sendo que empresas 'fabless' como a Nvidia "irão refletir fortes desempenhos impulsionados pelo crescimento exponencial da procura de computação".
Em termos gerais, "receitas crescentes, as margens de EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] e a geração de 'cashflow', juntamente com investimentos (CAPEX) mais elevados e recompensas estáveis para os acionistas deverão levar a melhores perfis de risco de crédito", afirma Vineet Khattar, vice-presidente, 'corporate finance', indústrias diversificadas, citado no comunicado.
"Dito isto, notamos riscos geopolíticos e desafios ESG [ambiental, social e governança] para o setor", conclui.
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