A solicitação foi feita pelo juiz Alexandre de Moraes do STF que pediu acesso a dados da conta do ativista da extrema-direita Allan dos Santos, que tem uma ordem de prisão decretada contra si desde 2021, num inquérito para investigar o alegado envolvimento dele na disseminação de informações falsas.
O ativista, que também é investigado por alegada participação em organização criminosa e branqueamento de capitais, vive atualmente nos Estados Unidos.
Em resposta à petição do juiz do STF, a rede social bloqueou a conta de Santos, mas alegou que os operadores X não coletam dados cadastrais dos usuários, explicação que foi rejeitada pela Justiça.
Com o descumprimento do pedido, foi estipulada a multa de 100 mil reais (16,7 mil euros) por dia. Em outubro, Moraes determinou que o tribunal calculasse o valor corrigido da penalidade a ser paga pela rede social, que somou 8,1 milhões de reais.
Os embates entre a plataforma X e o Supremo Tribunal Federal brasileiro atingiram o clímax em agosto do ano passado, quando a rede social foi bloqueada no país sul-americano devido à recusa da plataforma em cumprir ordens judiciais.
A empresa, que tem como principal acionista o bilionário Elon Musk, também fechou o escritório no país e chegou a operar sem um represente legal, o que é vedado pela legislação brasileira.
Musk acusou pessoalmente Moraes de ser um "ditador de toga" e incentivou manifestações pedindo a destituição do juiz.
Pouco mais de um mês após o bloqueio, a empresa recuou, pagou multa de 28,6 milhões de reais (4,7 milhões de euros) e prometeu respeitar as decisões dos tribunais brasileiros.
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