Mark Zuckerberg depõe no primeiro dia do julgamento da Meta

O julgamento que envolve a Meta, acusada de ter comprado o Instagram e o WhatsApp para 'sufocar' potenciais concorrentes, começou esta segunda-feira em Washington, apesar dos esforços do seu chefe, Mark Zuckerberg, para o evitar.

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© Andrew Harnik/Getty Images

Lusa
14/04/2025 23:55 ‧ ontem por Lusa

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Meta

O bilionário foi chamado a depor no primeiro dia e tentará mostrar que os dois serviços só se tornaram aplicações essenciais graças aos investimentos do seu grupo tecnológico.

 

O caso chega a tribunal cinco anos depois de a queixa ter sido apresentada durante a primeira administração Trump.

Se a gigante das redes sociais perder, poderá ser forçada a desfazer-se das suas duas principais plataformas, noticiou a agência France-Presse (AFP).

A agência norte-americana de proteção do consumidor, a FTC, terá de provar que a Meta, então Facebook, abusou da sua posição dominante ao adquirir o Instagram em 2012 por mil milhões de dólares e o WhatsApp em 2014 por 19 mil milhões de dólares.

A Meta "decidiu que a concorrência era demasiado feroz e que seria mais fácil comprar os seus rivais do que competir com eles", argumentou o representante da autoridade, Daniel Matheson, na sua declaração inicial perante um tribunal cheio.

As aquisições realizadas com a intenção de "crescer e melhorar as empresas adquiridas nunca foram ilegais", referiu, por sua vez, o advogado da Meta, Mark Hansen, descrevendo ambas as transações como "sucessos em termos de bem-estar do consumidor".

O caso será discutido principalmente sobre a definição de mercado, na qual as duas partes se opõem.

De acordo com as autoridades norte-americanas, os serviços da Meta enquadram-se na categoria de "redes sociais pessoais", que permitem às pessoas manterem-se em contacto com familiares e amigos.

Outras plataformas importantes, como os extremamente populares TikTok e YouTube, não se enquadram na mesma categoria.

Uma perspetiva que a empresa de Menlo Park (Silicon Valley) rejeita.

Facilitar amizades e ligações familiares é "definitivamente parte do que fazemos, mas este negócio não progrediu realmente em comparação com outros aspetos", sublinhou Zuckerberg.

As ligações com os entes queridos "representam uma parte cada vez menor da nossa organização", acrescentou o fundador do grupo californiano.

A defesa da Meta vai enfatizar, durante o julgamento, a competição entre as suas aplicações e os rivais, que inovam regularmente e acrescentam funcionalidades para "ganhar minutos de atenção do utilizador".

A queixa contra a Meta é uma das cinco principais ações 'antitrust' [direito da concorrência] lançadas pelo governo dos EUA nos últimos anos no setor tecnológico.

A Google foi considerada culpada de abusar da sua posição dominante no mercado de pesquisa 'online' em agosto, enquanto a Apple e a Amazon também enfrentam processos judiciais.

Leia Também: Zuckerberg esteve na Casa Branca antes de Trump anunciar tarifas

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