Fernando Monteiro, administrador da empresa, precisou que já há soluções técnicas para 99% dos veículos VW, pelo que a "grande ação vai decorrer em 2017", estimando que até setembro estará o "assunto resolvido" em Portugal.
No total estão envolvidos 100 mil veículos das marcas representadas pela SIVA.
Em declarações à Lusa, o diretor-geral da VW em Portugal, José Duarte, precisou que a marca tem envolvidas aproximadamente 50 mil viaturas, das quais serão intervencionadas em 2017 "cerca de 35 mil viaturas".
O responsável indicou que a intervenção em causa "não tem qualquer custo, é rápida, de 30 minutos", e visa a correção das emissões relacionadas com as emissões de CO2.
Depois de estarem disponíveis as soluções de atualização de 'software', a marca contacta com os clientes para marcar datas da intervenção, havendo ainda a possibilidade de inscrição numa plataforma disponibilizada no site da VW.
A "intervenção não muda absolutamente nada", recordou José Duarte, explicando ser uma atualização do 'software' e que "todos os parâmetros de comportamento do carro e de consumo se mantêm dentro do que são as especificações da marca aprovadas pelo KBA - Autoridade Federal dos Transportes na Alemanha - e depois certificadas pelo IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes", disse.
Depois do caso, o foco da VW durante 2016 foi garantir a confiança na marca, estando previsto para este ano o "contacto com o grosso dos clientes" através de uma "reparação rápida, sem grande alteração do dia a dia".
"A imagem da marca sofreu um bocadinho no início do ano, depois a seguir ao verão melhorou qualquer coisa, está num caminho entre o que era e o que é, se teve algum impacto direto nas vendas, não sei dizer em concreto", referiu o responsável, admitindo, porém, que possa ter tido.
Em todo o mundo, cerca de 11 milhões de veículos foram afetados pela fraude cometida pelo grupo Volkswagen, dos quais oito milhões na Europa e 125 mil em Portugal.