Festival das Artes de Coimbra homenageia poetas Sophia e Jorge de Sena
O 11.º Festival das Artes de Coimbra vai assinalar os centenários dos poetas Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen, com uma programação diversificada, que decorre entre 19 e 28 de julho.
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Cultura Julho
A organização celebra os 100 anos do nascimento de Jorge de Sena com a realização, no dia 20, de uma iniciativa intitulada 'Jorge de Sena - Viagem literária entre Coimbra e Figueira da Foz', inspirada na vida e na obra do poeta, ficcionista, crítico literário e tradutor, exilado durante vários anos no Brasil e nos Estados Unidos, país onde lecionou, na Universidade da Califórnia, e onde morreu, em 1978.
No dia 23, Sophia de Mello Breyner é recordada com "uma performance que liga a dança à poesia", uma proposta subordinada ao tema 'Tudo quanto vi - Um poema coreográfico para Sophia'.
Promovido pela Fundação Inês de Castro e pela Quinta das Lágrimas, com apoio e em parceria com a Câmara e a Universidade de Coimbra (UC), entre diversas entidades, o Festival das Artes prolonga-se por dez dias, sob o mote 'Luz e Sombra', incluindo sete ciclos com 28 eventos, em áreas como música, gastronomia, dança e artes visuais, entre outras.
No final da apresentação do festival, o seu diretor, Miguel Júdice, destacou a evocação de Jorge de Sena, enquanto "viagem literária no caminho da sua obra de Coimbra à Figueira da Foz", com início às 9h30 do dia 20, feita de comboio e para um máximo de 50 pessoas inscritas.
Já a homenagem a Sophia de Mello Breyner, com um bailado pela Companhia de Dança em Diálogo, realiza-se no anfiteatro Colina de Camões, no complexo turístico da Quinta das Lágrimas, no dia 23, às 21h30.
"Vai ser um espetáculo marcante e muito bonito", salientou Miguel Júdice
Entre várias, o programa inclui as atuações da Macao Youth Symphony Orchestra, no dia 24, e da banda de Salvador Sobral e Victor Zamora, no dia 25.
A presidente da Fundação Inês de Castro, Cristina Castel-Branco, realçou a necessidade de "ajustar a oferta à procura", com o programa concentrado em menos dias do que nas primeiras edições, e tendo em conta que em 2018 a afluência de público, na ordem das 5.000 pessoas, ficou aquém do esperado.
No ano passado, disse, a realização simultânea de diferentes eventos com entrada grátis em Coimbra acabou por prejudicar a adesão do público à programação do Festival das Artes.
No concerto de abertura, 'Amor e Paraíso', no dia 19 de julho, no Convento São Francisco e "em estreia mundial em língua portuguesa", a soprano Susana Gaspar "vai seguir as pisadas de Sarah Bernhardt e declamar poemas de Paul Armand Silvestre, numa peça composta por Isaac Albéniz", num serão cultural que, segundo a organização, conta também com a participação do Ensemble Mediterrain, sob a direção de Bruno Borralhinho.
A programação inclui concertos, três dos quais com duas orquestras nacionais e uma internacional, "que prometem encher as noites de música clássica", três exposições, um bailado, um programa educativo "dedicado aos mais novos e ao convívio destes com os mais velhos", um ciclo de gastronomia e um de conferências, além de cinema.
O anfiteatro Colina de Camões continua a funcionar "como âncora deste festival", que ocupa outros espaços da cidade, como a Biblioteca Joanina da UC, o Edifício Chiado e o Museu Nacional Machado de Castro.
Intervieram ainda na apresentação desta edição do Festival das Artes, a diretora regional de Cultura do Centro, Susana Menezes, e a vereadora da Cultura da Câmara de Coimbra, Carina Gomes.
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