Numa nota de imprensa, aquela autarquia do distrito de Aveiro explica hoje que o Prémio Literário António Augusto Costa Simões é bienal, tem um valor pecuniário de três mil euros e a edição é oferecida pelo município.
"São aceites a concurso obras na modalidade de romance, sendo privilegiadas as temáticas diretamente relacionadas com o concelho da Mealhada", adianta, referindo que a entrega dos originais deve ser feita até 30 de novembro. A deliberação do júri ocorre até 31 de janeiro de 2022, com os resultados a serem conhecidos durante o mês de fevereiro seguinte.
A Câmara esclarece que o prémio, que "já havia sido instituído, mas só agora foi regulamentado, procura promover a produção de originais em língua portuguesa e, em simultâneo, divulgar o nome do seu honorável patrono, a mais grada figura do concelho da Mealhada".
António Augusto Costa Simões (1819-1903) "foi doutorado em Medicina pela Universidade de Coimbra, tendo, para além das funções de professor, assumido a responsabilidade de reitor" desta academia. Entre outros cargos, foi presidente da Câmara de Coimbra, deputado às Cortes por Figueiró dos Vinhos e chegou a vice-presidente da Câmara dos Deputados.
"Conseguiu um donativo para a construção dos Paços do Concelho e do Hospital da Mealhada", lê-se na nota de imprensa, destacando que se deve a Costa Simões "o início da exploração das águas minerais de Luso e a criação das respetivas termas".
Também bienal será o Prémio Literário Maria da Nóbrega (1875-1978), destinado a obras na modalidade de conto.
Na edição deste ano, com um valor pecuniário de mil euros e a edição oferecida pela Câmara, "a temática das obras a concurso é a Mata do Buçaco, património natural do concelho da Mealhada".
Os originais podem ser entregues até dia 31 de março de 2022, para que o júri delibere até final de maio e divulgue os resultados em junho.
A Câmara da Mealhada refere que "este prémio procura homenagear uma das mulheres mais progressistas do início do século XX" que "dominava com segurança a arte de bem escrever português, possuindo uma formação cultural alicerçada nos clássicos".
"Iniciou a sua carreira literária no jornal O Bussaco, em 1902. Em 1925, com as escritoras Ana de Castro Osório e Sara Beirão, passou a escrever nas revistas Eva, Modas & Bordados, Voga e Magazine Bertrand. E em 1930 publica o seu primeiro livro de contos 'Fumo nos Casais'", acrescenta.
Já o Prémio para a Historiografia Local Adelino Melo visa "incentivar a investigação historiográfica local e contribuir para a valorização e promoção do património cultural e identitário".
"São aceites a concurso obras de natureza historiográfica, em formato de monografia - podendo ir desde o opúsculo à monografia mais extensa - sobre temáticas relacionadas diretamente com o território do concelho da Mealhada e com a região envolvente", informa a Câmara.
Para o prémio, com valor de três mil euros, a entrega dos originais pode ser feita até 31 de dezembro, sendo o resultado divulgado em maio de 2022.
Segundo a Câmara, Adelino Melo (1879-1949) foi "um dos pioneiros e mais diligentes investigadores locais, com grande preocupação de registar e divulgar todos os estudos e conclusões que foi tirando, nomeadamente através da imprensa local de que foi grande impulsionador".
Adelino Melo foi comerciante, jornalista e fundador dos primeiros e mais antigos periódicos da região, mas, acima de tudo, "um apaixonado pela historiografia do território do concelho da Mealhada", salienta a autarquia.
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