"O que queremos é que haja um reconhecimento nacional do museu e isso, para nós, é decisivo", disse à agência Lusa Paulo Trincão.
O diretor não pretende que o Museu da Ciência passe para a tutela da Direção Geral do Património Cultural, mas que possa haver um reconhecimento nacional do mesmo, mantendo-se na esfera da Universidade de Coimbra, tal como o Museu do Côa é reconhecido apesar de não estar sujeito "à tutela de Lisboa".
"É preciso que o Estado central reconheça este património como património de interesse nacional, que não está reconhecido, e, para nós, isso é fundamental", salientou, explicando que, com esse reconhecimento, ficaria aberta a porta para o financiamento estatal do museu.
Para Paulo Trincão, esse financiamento seria importante para aumentar o espaço expositivo para muitas peças que estão em reserva, acentuar a recuperação do espólio existente e abri-lo a toda a comunidade internacional, nomeadamente lusófona, face ao número de peças originárias de vários países africanos e do Brasil.
"A nossa pressão [no sentido de conseguir o reconhecimento] é o trabalho, é fazer as coisas bem e mostrar a capacidade do Museu e o seu mérito", vincou, considerando que "O Gabinete das Curiosidades" que é inaugurado hoje "é um bom caso" do trabalho que "dá substância" às suas pretensões de reconhecimento.
Leia Também: Rui Nabeiro recebe em junho grau de doutor honoris causa