Inicialmente marcada para setembro, a cerimónia foi adiada por causa das greves de argumentistas e atores em Hollywood.
A data escolhida, o feriado nacional norte-americano de homenagem a Martin Luther King Jr., coloca a 75.ª edição da cerimónia na temporada de prémios de Hollywood.
De acordo com este calendário, os Emmy irão para o ar semanas antes dos Prémios do Sindicato dos Atores, que distinguem os atores de cinema e televisão.
Vários outros programas, como os Prémios Globo de Ouro e os Prémios da Crítica, também se realizam em janeiro.
A cerimónia terá, assim, lugar cerca de quatro meses mais tarde do que o inicialmente previsto.
O adiamento da cerimónia, marcada para 17 de setembro, era previsível por causa das greves, e desde o início que foi apontado como uma possibilidade o reagendamento para janeiro de 2024.
A HBO é a principal nomeada para a cerimónia, com três das suas séries -- "Succession", "The Last of Us" e "The White Lotus" - com 74 nomeações. No total, a HBO recebeu 127 nomeações.
Destaque ainda para a série "O gabinete de curiosidades de Guillermo del Toro", deste autor mexicano para a Netflix, que valeu uma nomeação para o luso-canadiano Luís Sequeira numa categoria de guarda-roupa em conjunto com Ann Steel e Heather Crepp.
Atualmente decorrem duas greves de trabalhadores em Hollywood, que provocaram uma das maiores paralisações da indústria do cinema e audiovisual dos Estados Unidos dos últimos 60 anos, com repercussões durante os próximos meses, com adiamento de produções e estreias.
Devido à dupla greve, os atores e argumentistas não podem fazer campanha para as suas séries ou dar entrevistas promocionais.
A greve dos argumentistas está agora no seu 101.º dia, mais longa do que a paralisação de 2007-2008, e sem fim à vista.
A última vez que houve um adiamento da cerimónia dos Emmy foi em 2001 por causa dos atentados terroristas de 11 de setembro desse ano em Nova Iorque.
Tanto o sindicato dos argumentistas como o dos atores consideram que os modelos de negócio do 'streaming' pioraram os salários e as condições de trabalho neste setor.
No caso dos argumentistas, o sindicato reivindica "um novo contrato com pagamento justo" que reflita o valor dos contributos dos guionistas para o sucesso das empresas e inclua proteções "para garantir a sobrevivência da escrita como profissão sustentável".
Já o sindicato dos atores lembra que na última década a remuneração dos intérpretes e 'performers' foi "severamente desgastada pela ascensão do ecossistema de 'streaming'", e o desenvolvimento da Inteligência Artificial passou a representar "uma ameaça existencial para as profissões criativas".
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