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Exoneração de presidente do Camões é "perda para a cooperação portuguesa"

A Plataforma Portuguesa das ONGD classificou como "surpreendente, inesperada" e "uma perda para a Cooperação Portuguesa" a exoneração hoje anunciada pelo Governo da presidente do Conselho Diretivo do instituto Camões, Ana Paula Fernandes.

Exoneração de presidente do Camões é "perda para a cooperação portuguesa"
Notícias ao Minuto

20:47 - 11/07/24 por Lusa

Cultura ONGD

Em comunicado de imprensa, a Plataforma destaca que, desde a tomada de posse de Ana Paula Fernandes, em 17 de julho de 2023, lhe reconheceu "a competência, a capacidade técnica, e o rigor necessários para desempenhar as funções para que foi nomeada".

 

No comunicado, salienta-se que, durante a presidência de Ana Paula Fernandes, a Plataforma manteve "uma relação de trabalho cordial assente num diálogo construtivo e num espírito de colaboração mútua, que contribuiu de forma decisiva para aprofundar um caminho conjunto de construção de melhores soluções para os desafios das ONGD e do setor da Cooperação para o Desenvolvimento como um todo".

"A larga experiência acumulada pela presidente exonerada aportou mais-valias significativas à capacidade de atuação do Camões -- Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., que a sua saída poderá comprometer", sublinha.

Considerando que os motivos que fundamentam a exoneração "são, por ora, desconhecidos", a Plataforma pede ao Governo que divulgue as razões da exoneração de Ana Paula Fernandes.

A dissolução do conselho diretivo do instituto Camões e a nomeação da nova presidente, Florbela Paraíba, até agora embaixadora de Portugal no Senegal, foi hoje anunciada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A razão para a exoneração foi a "necessidade de imprimir nova orientação à gestão", refere o MNE numa nota enviada à agência Lusa.

"Não se trata da substituição de uma pessoa, mas de uma equipa", especifica o ministério, que tinha já confirmado antes, à Lusa, que Ana Paula Fernandes não continuaria à frente do Camões.

A nova presidente do Camões vai ser Florbela Paraíba, até aqui embaixadora de Portugal no Senegal.

A Lei Quadro dos Institutos Públicos diz que o mandato dos membros do conselho diretivo tem a duração de cinco anos, mas prevê que possa ser dissolvido "mediante despacho fundamentado do membro do Governo da tutela, por motivo justificado", incluindo o invocado: "necessidade de imprimir nova orientação à gestão".

A mesma lei diz que "a cessação do mandato que se fundamente na extinção ou reorganização de instituto público ou na necessidade de imprimir nova orientação à gestão dá lugar, desde que contem, pelo menos, 12 meses seguidos de exercício de funções".

Florbela Paraíba sucede no cargo à frente do Camões a Ana Paula Fernandes, nomeada para o cargo por despacho de 02 de junho de 2023, embora apareça na página oficial do instituto como "Presidente do Conselho Diretivo do Camões, I.P. desde 17 de julho de 2023".

A nova presidente do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, de 52 anos, é licenciada em Relações Internacionais e foi embaixadora em Dacar de 2022 até agora.

Florbela Paraíba foi diretora de Serviços da África Subsariana da Direção Geral de Política Externa na Embaixada em Brasília e na Embaixada em Roma, chefe do gabinete do secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em 2019, e conta na carreira, antes disso, com lugares de adida, de conselheira e depois de ministra plenipotenciária em várias embaixadas e na Missão Permanente junto das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Os outros membros do até agora Conselho Diretivo eram Ricardo Victoria, Vice-Presidente, e Paula Pedro Loureiro e Joaquim Coelho Ramos, como vogais.

Leia Também: Governo vai substituir Ana Paula Fernandes à frente do instituto Camões

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