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Paula Mota Garcia sai da equipa da Capital Europeia de Cultura Évora 2027

A coordenadora da Equipa de Missão Évora_27, Paula Mota Garcia, demitiu-se do projeto Capital Europeia da Cultura, que vai decorrer naquela cidade em 2027, face "aos recentes desenvolvimentos na constituição" da associação gestora, foi hoje anunciado.

Paula Mota Garcia sai da equipa da Capital Europeia de Cultura Évora 2027
Notícias ao Minuto

18/10/24 13:10 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Cultura Missão Évora_27

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Évora_27 Capital Europeia da Cultura (CEC) revelou que a demissão de Paula Mota Garcia foi comunicada, na quinta-feira, numa reunião da assembleia-geral da Associação Évora 2027, recentemente criada para gerir a iniciativa.

 

"Face aos recentes desenvolvimentos na constituição da Associação Évora 2027", a coordenadora da Equipa de Missão "comunicou a sua desvinculação da iniciativa", pode ler-se no comunicado.

Contudo, Paula Mota Garcia manifestou "também a sua disponibilidade para colaborar na transferência do processo, em articulação com o presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá".

Em 02 de junho de 2020, a Câmara de Évora anunciou Paula Mota Garcia como coordenadora da Equipa de Missão da candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura 2027.

Antes, e desde janeiro de 2017, Paula Garcia era responsável pela direção do Teatro Viriato, em Viseu, projeto no qual colaborou ao longo dos 21 anos anteriores.

Desde 2020, lembrou hoje a Évora_27, "dirigiu e orientou os trabalhos de preparação da candidatura [a CEC], nomeadamente a conceção de todo o programa cultural e artístico".

"Foi coautora do dossiê de seleção, assim como do conceito 'VAGAR'", no qual se baseia toda a candidatura de Évora Capital Europeia da Cultura, cuja aprovação foi anunciada a 07 de dezembro de 2022.

Além da coordenadora da equipa da candidatura de Évora a CEC em 2027, também Marisa Miranda, responsável desde 2020 pela estratégia de Comunicação e Alcance de Évora _27, comunicou a sua demissão, esta quinta-feira.

Contudo, a responsável, também coautora do dossiê de seleção da candidatura, vai cumprir o seu contrato até dia 31 deste mês e manifestou também "inteira disponibilidade para garantir a devida transferência de todos os assuntos em curso".

Visto que, numa assembleia-geral anterior da associação, "a maioria dos presentes" decidiu "que não reunia os requisitos necessários para assumir a Direção de Comunicação e Alcance" desta nova entidade, optando por outro candidato, Marisa Miranda considerou que, "no atual quadro de governança" de Évora_27, deixou de ter condições para continuar a trabalhar na iniciativa", é referido no comunicado.

A Associação Évora 2027, cujo decreto-lei de criação foi publicado em Diário da República no final de 2023, é formada pelo Estado, Câmara de Évora, Entidade Regional de Turismo do Alentejo, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, Universidade de Évora, Fundação Eugénio de Almeida e Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo.

Esta associação, que tem como presidente indigitada a jurista Maria do Céu Ramos -- era secretária-geral da Fundação Eugénio de Almeida, mas ainda não tomou posse na Évora 2027 - tem como missão planear, promover, desenvolver e executar a iniciativa E´vora_27 Capital Europeia da Cultura, de acordo com o que está inscrito em dossiê de seleção.

Recentemente, foram nomeados em assembleia-geral da associação, por maioria, o economista António Costa da Silva e o consultor Bruno Fraga Braz como diretores Financeiro e de Comunicação e Alcance, respetivamente.

Na reunião de câmara desta quarta-feira, o presidente Carlos Pinto de Sá e vereadores do PS e do Movimento Cuidar de Évora criticaram a composição da direção da Associação Évora 2027, por deixar de fora os membros que conduziram a candidatura.

Com um total de cerca de 49 milhões de euros, a dotação financeira de Évora_27 é composta por 15 milhões do Orçamento do Estado, 10 milhões de fundos europeus, quatro milhões do Turismo, cinco milhões para territórios envolventes e os restantes 15 milhões subscritos pelo município e parceiros.

[Notícia atualizada às 13h55]

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