Luís Simões trabalhava em grafismo na SIC e despediu-se para poder dar a volta ao mundo a desenhar. Sim, a desenhar. O ilustrador saiu de Portugal em março de 2012 e, em entrevista ao Diário de Notícias, diz que conta já com “20 cadernos, de 60 páginas cada”, de desenhos.
Neste momento a ‘traçar’ os protestos em Hong Kong, Luís diz que já é a segunda revolução que apanha neste projeto, de nome World Sketching Tour, que começou há dois anos e cinco meses. A outra aconteceu na Turquia.
Quando saiu de Portugal, passou um ano e três meses na Europa, depois na Rússia, Mongólia, China, Coreia do Sul. No próximo dia 18, conta a mesma publicação, parte para o Nepal.
Luís tem 35 anos e a decisão de se despedir e partir numa viagem à volta do mundo trouxe alguma mudança. “Muda o tempo para apreciar as coisas, muda a busca para ver tudo o que está à tua volta, muda o tempo para criar uma imagem”, relata, acrescentando que tem agora “mais espaço para fazer uma introspeção” e perceber o que está a desenhar.
Os desenhos, esses, são cerca de 1.200 e vão sendo enviados por correio para os pais, que os guardam com todo o cuidado para que, mais tarde, possam ser convertidos em um ou mais livros com esta reportagem gráfica.