Manchester United e Wolverhampton não foram além de um nulo (0-0), este sábado em jogo da 25.ª jornada da Premier League. Na estreia de Bruno Fernandes, logo na condição de titular, a partida em Old Trafford foi intensa e acabou com oito jogadores portugueses em campo. 

Na primeira parte, o Wolverhampton revelou-se mais perigoso do que o Manchester United, mas os comandos de Nuno Espírito Santo não conseguiram bater David De Gea. 

Na segunda parte, o United afinou algumas estratégias, nomeadamente no que diz respeito ao posicionamento de Bruno Fernandes, e melhorou a olhos vistos. 

Ainda assim, os lobos de NES espreitavam sempre o contra-ataque e sempre que tinham oportunidade de sair em velocidade deixavam a defensiva do United em sérias dificuldades. Muitas das iniciativas tinham Raúl Jiménez como o protagonista mais recorrente. 

O nulo acabou por imperar até final dos 90 minutos, ainda que Dalot tenha assinado uma perdida enorme já perto do apito final. United e Wolverhampton dividiram, assim, pontos em Old Trafford.

O Manchester United perdeu a possibilidade de ascender à zona europeia e soma agora 35 pontos no sexto lugar. Precisamente o mesmo número de pontos têm os Wolves que estão um lugar abaixo. 

Portugueses em ação

Bruno Fernandes (Manchester United) - Acusou alguma falta de rotinas com os companheiros de equipa, algo que é natural uma vez que apenas treinou uma vez, mas já assumiu o papel de patrão de meio-campo. 

Apareceu na ficha de jogo como o homem atrás de Martial, mas em campo apareceu mais perto do meio-campo à frente da dupla Andreas Pereira e Fred, contando ainda com Mata e Daniel James nas alas. Com o decorrer dos minutos, foi descendo no terreno de jogo e acabou por trocar de posição com Andreas Pereira de forma a ter mais bola e ajudar mais na construção. Já assumiu a cobrança das bolas paradas, nomeadamente dos livres diretos. Ainda assim, não foi assim que conseguiu bater Rui Patrício. 

Em suma, a exibição de Bruno Fernandes foi melhorando com o decorrer dos minutos e deu um salto qualitativo significativo na segunda parte. Foi muito importante na organização da construção do futebol apoiado e fundamental nos equilíbrios do United nos momentos de transição. 

Diogo Dalot (Manchester United) - Entrou aos 88 minutos e ficou à beira de marcar o único golo do encontro já perto do apito final. 

Rui Patrício (Wolverhampton) - Tarde de muito trabalho para o guardião português dos Wolves. Durante a segunda parte, o caudal de remates aumentou, mas foi conseguindo dar resposta às várias tentativas de golo dos homens do Manchester United.

Rúben Neves (Wolverhampton) - Nova exibição recheada de belos pormenores. Defensivamente teve algumas dificuldades, mas sempre que pegou na bola acrescentou algo ao jogo e à organização ofensiva dos Wolves. Passeia classe em campo, mas também beneficia do entrosamento com o compatriota e companheiro de equipa Moutinho. 

João Moutinho (Wolverhampton) - É como um relógio suíço. Moutinho raramente falha ou erra e lê sempre muito bem os diversos momentos do jogo. Não complica nos momentos defensivos e simplifica na hora de atacar. Na segunda parte teve mais dificuldades em organizar jogo, mas nunca deixou de contribuir positivamente para a boa exibição do Wolverhampton em Old Trafford. 

Diogo Jota (Wolverhampton) - Foi uma constante dor de cabeça para Maguire e Lindelof. Rápido e veloz, o internacional português apareceu sempre com perigo em zonas de finalização, mas revelou dificuldades na hora de bater David De Gea. Perdeu gás no decorrer dos minutos e acabou rendido por Pedro Neto aos 70 minutos. 

Pedro Neto (Wolverhampton) - Entrou para dar mais velocidade ao ataque do Wolverhampton, mas acabou por ser facilmente travado pela defensiva do United. 

Daniel Podence (Wolverhampton) - Entrou aos 76 minutos, para o lugar do lesionado Adama Traoré, estreou-se pelos Wolves. Não teve tempo e espaço para causar problemas, apesar de ter tido uma oportunidade para visar a baliza do United.