"O Comité Executivo [federativo] condena com todas as suas energias estes atos desprezíveis que não honram o futebol. Estes abusos não têm lugar nos nossos estádios, que devem permanecer locais de comunhão, alegria e respeito", frisa, em comunicado.
No domingo, Marega pediu para ser substituído ao minuto 71 do jogo da 21.ª jornada da I Liga, entre o FC Porto e o Vitória de Guimarães, depois de ter sido alvo de cânticos e gritos racistas por parte de adeptos da equipa minhota.
Vários jogadores do FC Porto e do Vitória de Guimarães tentaram demovê-lo, mas Marega mostrou-se irredutível na decisão de abandonar o jogo, numa altura em que os 'dragões' venciam por 2-1, resultado com que terminou o encontro.
O organismo federativo do Mali desafia a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a FIFA e a Confederação Africana de Futebol (CAF) a "erradicar todas as formas de discriminação, exclusão e desigualdade que afetam as pessoas, independentemente da sua origem e condição".
Em curto comunicado, a federação do Mali sublinhou o facto de ter acompanhado "com consternação e indignação estes atos racistas contra" Marega, autor do segundo golo do FC Porto em Guimarães.
"Nestes tempos difíceis, [a federação] reafirma o seu total apoio e solidariedade com Moussa Marega", conclui a nota, referindo-se ao jogador que na época 2016/17 representou o Vitória de Guimarães, por empréstimo do FC Porto.