Jogadores do Tondela querem regresso ao futebol mas só com condições

O defesa do Tondela contou à agência Lusa que enquanto os treinos em equipa não chegam, por causa da pandemia da covid-19, vai treinando sozinho ou na companhia do pai, José Carlos, também antigo jogador e defesa direito em clubes como o Belenenses, Vitória de Guimarães e Benfica.

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Lusa
06/04/2020 16:43 ‧ 06/04/2020 por Lusa

Desporto

Covid-19

Jogadores do Tondela manifestaram hoje à agência Lusa vontade de voltarem aos treinos e à I Liga portuguesa de futebol, "mas só se houver condições", mantendo-se, até lá, em casa a fazer treinos específicos, devido à Covid-19.

"Quero regressar aos treinos e ao futebol, mas desde que existam condições para que tal aconteça. Mais importante do que qualquer coisa é mesmo a saúde. Vou cumprir com a obrigação de ficar em casa e depois veremos a evolução de tudo isto", contou Filipe Ferreira.

O defesa do Tondela contou à agência Lusa que enquanto os treinos em equipa não chegam, por causa da pandemia da covid-19, vai treinando sozinho ou na companhia do pai, José Carlos, também antigo jogador e defesa direito em clubes como o Belenenses, Vitória de Guimarães e Benfica.

"Felizmente tenho imenso espaço na zona onde moro e às vezes vou com o meu pai, que além de ter sido jogador também tirou o curso de treinador e sempre dá para fazer um trabalho mais parecido com o treino normal", adiantou.

Filipe Ferreira explicou que além dos dois treinos diários, em casa, "a única coisa que mudou" foi o regime alimentar, uma vez que está a "evitar as gorduras como bolachas, sobremesas e outros doces" e reduziu também o consumo de hidratos de carbono.

Hábitos alimentares que o guarda-redes Diogo Silva tem no dia a dia, apesar de agora "estarem a ser redobrados, uma vez que não há uma preparação física tão intensa", apesar de dizer que está a "seguir o plano de treino" que o clube lhe passou.

"Têm sido uma mais-valia na ajuda destes trabalhos feitos em casa. De manhã faço 'cárdio' nas escadas da minha casa a subir e a descer depois de seguida um trabalho de reforço muscular com vários exercícios e, à tarde, como tenho quintal dá para fazer algum trabalho técnico com bola e com a ajuda da família", contou.

Diogo Silva corrobora a vontade de Filipe Ferreira, de voltar aos treinos em equipa e ao futebol, "mas desde que existam condições para que isso aconteça", apesar de ainda não ter entrado em campo ao serviço do Tondela, uma vez que Cláudio Ramos assume o comando da baliza 'auriverde' há 98 jornadas consecutivas.

Também com o mesmo desejo está Jota, ainda por se estrear na equipa principal do Tondela, uma vez que vem da formação do clube e, até à suspensão do campeonato, na véspera da 25.ª jornada, ainda não tinha sido escolhido por Natxo González para entrar em campo, mas não abdica de se manter em forma.

"Os treinos variam de dia para dia, mas de manhã costumo basear-me num treino mais forte de cerca de uma hora e, à tarde, bicicleta seguida de exercícios de técnica com bola. Acabo o meu treino da tarde com exercícios de core. Todo este trabalho é feito em casa, com tudo o que consigo arranjar aqui por casa", explicou.

Jota assumiu que "pouco ou nada" mudou os seus hábitos e, por isso, continuar a deitar-se cedo, "comer a horas e a fazer as mesmas refeições que fazia", afinal, o defesa 'auriverde' defende que "é uma questão de força de vontade e de não se desleixar".

Esta linha defensiva do Tondela, que em comum tem a vontade de voltar a trabalhar em equipa, também mostram sintonia no conselho que deixam aos adeptos, ou seja, "a importância de toda a gente se manter em casa" a seguirem o conselho da Direção Geral da Saúde (DGS), "procurando sempre estratégias para manterem o corpo e mente sãos".

"Aproveitem isto para tornar o vosso psicológico ainda mais forte e não se deem por vencidos na primeira batalha, porque a guerra pode ser longa", acrescentou Jota.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil. Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes, mais 16 do que na véspera (+5,4%), e 11.730 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 452 em relação a domingo (+4%).

Dos infetados, 1.099 estão internados, 270 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 140 doentes que já recuperaram.

 

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