Darwin Núñez é, por fim, oficialmente, reforço do Benfica, depois de uma novela em torno da sua contratação - que se seguiu a outra novela muito ao estilo mexicano e que envolveu Edinson Cavani - que encheu as páginas dos desportivos nas últimas semanas.
O dianteiro uruguaio chegou na tarde de quinta-feira a Lisboa, acompanhado por Rui Costa, a Lisboa para firmar contrato de cinco anos com o Benfica, tal como o próprio o confirmou antes de rumar a Lisboa, num negócio que o tornou no mais caro reforço da história do clube da Luz.
As águias desembolsaram 24 milhões de euros pelo passe do jogador que brilhou na segunda divisão espanhola, isto depois de muitos avanços e recuos num negócio que começou em 20 milhões de euros mais jogadores, e que deverá terminar na mais cara transferência do futebol português.
"Foi uma contratação normal, estamos contentes. É uma contratação como todas as outras, muito importante para o clube e com certeza vai ter muito êxito. Estão a meter números na cabeça dos jogadores, isso não funciona assim", atirou o administrador da SAD benfiquista no aeroporto.
As últimas informações divulgadas pela imprensa desportiva até apontavam no sentido do negócio estar mais complicado, devido a supostas exigências de última hora do jogador e dos seus empresários, mas o Benfica acabou mesmo por conseguir levá-lo a bom porto.
Do Peñarol à Champions em pouco mais de um ano
Estávamos no final do mercado de verão do ano passado quando o Almería, com os cofres cheios depois de ter sido comprado por um investidor estrangeiro, gastou 7,5 milhões de euros para contratar Darwin Nunez aos uruguaios do Peñarol, clube ao serviço do qual o jovem realizou um total de 22 jogos e marcou quatro golos.
Naquela que foi a primeira época no estrangeiro, o dianteiro adaptou-se bem ao futebol europeu e fez o gosto ao pé em 16 ocasiões num total de 32 participações, números que fizeram o Benfica 'perder a cabeça' por aquele que já foi considerado o 'novo Cavani' e que terá oportunidade de disputar, dentro de cerca de duas semanas, a primeira partida oficial da Liga dos Campeões, numa ascensão meteórica de pouco mais de um ano.
Darwin Núñez que, ao que tudo indica, foi um pedido expresso de Jorge Jesus, destacou-se, ainda ao serviço do Peñarol, ao serviço da seleção de Sub-20 do Uruguai, prestações que chamaram a atenção do Almería no verão passado.
No Mundial da categoria, que decorreu no verão passado na Polónia, o dianteiro marcou dois golos ao longo de quatro jogos disputados e foi titular indiscutível numa seleção que caiu nos oitavos de final da prova contra o Equador, do sportinguista Gonzalo Plata.
As boas prestações nas camadas mais jovens chamaram a atenção do veteraníssimo selecionador Óscar Tabárez, que convocou o atleta para alguns dos últimos jogos particulares realizados pela seleção principal do Uruguai. Darwin correspondeu da melhor maneira e estreou-se com um golo marcado, em apenas 15 minutos de utilização, diante do Peru, em Lima, em outubro do ano passado.
A juntar a estes números, o avançado uruguaio tem características que são, certamente, do agrado de Jorge Jesus. Além de ser um jogador com grande velocidade e capacidade de choque, o jovem de 21 anos tem inteligência na movimentação, à qual se junta à elevada potência física.
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