"A formação do Sp. Braga tem dado uma resposta forte de afirmação"

Treinador dos sub-23 da equipa minhota elogia o trabalho de formação e traça os objetivos para o ano de 2021.

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Francisco Amaral Santos
08/01/2021 08:04 ‧ 08/01/2021 por Francisco Amaral Santos

Desporto

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Artur Jorge viveu um ano de 2020 verdadeiramente memorável. O treinador português de 49 anos terminou o último ano com um primeiro lugar assegurado na zona norte da Liga Revelação ao serviço da equipa de sub-23 do Sporting de Braga, depois de ter passado pela equipa de júniores e pela principal. 

Numa breve entrevista ao Desporto ao Minuto, Artur Jorge fez o balanço desta primeira fase do campeonato nacional de sub-23, elogiou a forma como o clube tem sabido aproveitar os talentos da formação e traçou os objetivos para 2021. 

O treinador nascido em Braga também não esconde a ambição de voltar a treinar uma equipa do primeiro escalão e garante estar preparado para tal. 

Doze jogos, sete vitórias e primeiro lugar assegurado no grupo A da primeira fase da Liga Revelação. Qual o balanço desta primeira metade da época e quais os objetivos para a outra metade?

Em relação a esta primeira fase, e tal como os números ajudam a explicar, foi uma fase totalmente bem conseguida. Conseguimos atingir os objetivos coletivos a que nos propusemos. O facto de termos ganho a zona norte era um objetivo e foi conseguido face à regularidade e qualidade que apresentámos durante toda a competição. E, também, o facto de termos lançado alguns atletas que ficaram inseridos no plantel da equipa principal, como por exemplo o Rodrigo Gomes. Outros tiveram a oportunidade de estar presentes em algumas convocatórias e isto também nos deixa muito satisfeitos. Naturalmente, e tendo em conta a nossa ambição, procuraremos ser bastante competitivos na segunda fase desta competição, tal como fomos até então. É isto que podemos prometer: ser uma das equipas que vai lutar pelo título. 

A formação do Sporting de Braga tem estado em destaque por conta dos vários jogadores que começam a aparecer. Isto é um acréscimo de responsabilidade para estes jovens jogadores? 

É, sobretudo, um acréscimo de motivação. Os atletas sentem que, de facto, o bom trabalho que fazem ao serviço dos sub-23 os deixa mais próximos de terem uma oportunidade na equipa A. Têm um exemplo muito concreto. Para nós, é muito gratificante ver esses atletas e saber que estamos, ao mesmo tempo que conseguimos bons resultados, a potenciar esses mesmos atletas. 

Qual a importância deste escalão para o futebol português?

Eu considero a Liga Revelação uma competição muito interessante. Basta ver e relembrar que o nosso plantel, que não é fechado, tem maioritariamente atletas sub-19. Isto faz com que nós possamos olhar para esta competição do ponto de vista de criar e oferecer condições para competirem num enquadramento mais exigente. Temos tido ótimas respostas. Só desta forma podemos valorizar os nossos atletas. Estamos a ser competitivos mesmo com uma equipa extremamente jovem. Aquilo que é feito na formação, e esta equipa está integrada na formação, é normalmente avaliado de duas maneiras: a chegada à equipa principal ou a sua venda; e o plano competitivo. Nós temos conseguido conciliar essas duas vertentes com grande sucesso até ao momento. 

Já se pode dizer que esta aposta na formação é uma aposta ganha por parte do Sporting de Braga? 

Claramente. A formação do Sporting de Braga tem dado uma reposta forte de afirmação desde há alguns anos nos campeonatos nacionais. Além das equipas competitivas, temos também jogadores muito competentes. Isso faz com que eles possam ser valorizados não só internamente. Já há atletas que fizeram o percurso de formação até chegar à equipa A e outros que acabaram por sair e que foram mais-valias financeiras para o clube. É um trabalho de formação que corresponde às expectativas. É já uma realidade. Temos potenciado atletas para que possam chegar ao mais alto nível do futebol nacional. 

Como avalia esta sua experiência no Sp. Braga? Passou pelos júniores, esteve na equipa principal no final da época passada e agora nos sub-23.

Esta aventura de treinador é uma atividade que envolve muita paixão. É uma paixão de continuidade daquilo que foi o meu percurso enquanto atleta e nesta altura poder estar do outro lado, que é mais exigente e com menos margem de erro, dá-me muito prazer. Gosto, de facto, daquilo que faço. Fazendo aqui um pequeno balanço daquilo que foi o ano de 2020... Num ano atípico para todos nós, acabou por ser, em termos desportivos, um ano interessante. Na primeira metade do ano consegui ficar em primeiro lugar com a equipa de sub-19 e depois a oportunidade que tive em pegar na equipa principal e conseguir um terceiro lugar histórico no clube e com apuramento direto para a Liga Europa. E, nesta altura, fechar o ano com um primeiro lugar na zona norte na equipa de sub-23. É um ano completamente positivo a nível pessoal. 

De que forma o facto de ter sido jogador o ajuda agora nesta aventura de treinador? 

Retiro dividendos porque estive do outro lado. Enquanto treinador percebo bem o lado do atleta. Ajuda-me naquilo que é a compreensão e a própria relação com os atletas. Temos objetivos que têm de ser comuns e isso faz com que exista uma relação próxima. Isso é um dos pontos a favor daquilo que é o know-how de quem passou pelo mesmo, na mesma formação e com as mesmas ambições e os mesmos sonhos. 

Quais os desejos e ambições que tem para o ano de 2021?

Neste momento estou apenas e totalmente focado no projeto dos sub-23 do Sporting de Braga, mas não escondo que tenho a ambição de trabalhar e treinar na I Liga. Depois da oportunidade que tive em pegar na equipa principal do Sp. Braga, na qual correspondi, sustento esta minha ambição naquilo que é o meu acreditar de que tenho condições e estou preparado para trabalhar numa equipa do primeiro escalão, seja em Portugal ou no estrangeiro. Sinto-me preparado e com capacidade para poder ter esse desafio. Desafios exigentes tornam-nos mais exigentes naquilo que é o nosso dia-a-dia. Tenho a confiança de que posso ter sucesso a trabalhar e treinar numa equipa do primeiro escalão.

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