No dia 20 de novembro de 2019, José Mourinho abraçou o projeto do Tottenham, tornando-se, desta forma, o oitavo clube que o Special One assumia na condição de treinador principal.

Porém, o ponto final chegou, nesta segunda-feira, com os spurs a desvincularem-se do técnico português, antecipando o divórcio a um casamento que ainda tinha a duração de mais duas temporadas. Todavia, Mourinho não saiu de mãos a abanar e viaja para casa com um cheque de 15 milhões de libras, cerca de 17 milhões de euros. 

Um despedimento que acaba por ser o culminar de uma sucessão de maus resultados na Premier League (apenas um triunfo nos últimos cinco encontros), o que deixou o Tottenham no sétimo lugar da prova, com 50 pontos, a cinco dos lugares Champions. Uma saída precoce que também foi antecipada pela eliminação dos spurs nos 'oitavos' da Liga Europa aos pés do Dínamo Zagreb.

Um ano e cinco meses foi o tempo de duração de Mourinho no norte de Londres, porém há cinco meses a realidade era outra: o Tottenham comandava o campeonato doméstico, com 20 pontos, os mesmos do que o Liverpool, com seis triunfos, dois empates e uma derrota.

A vida muda muito depressa e, a 26 de janeiro, aquando do despedimento de Frank Lampard do Chelsea, Mourinho frisou que o a saída do antigo internacional inglês do comando técnico dos blues significava "a brutalidade do futebol, especialmente do futebol moderno. Quando nos tornamos treinadores sabemos que mais cedo ou mais tarde vai acabar por acontecer connosco".

Uma "brutalidade do futebol moderno" que Mourinho já tinha vivido em Old Trafford. Na sua primeira passagem por um clube, desde os tempos da UD Leiria e do Benfica, não conseguiu ser campeão e o melhor que o luso arrecadou foi um segundo lugar.

Aliás, nos 86 jogos que Mourinho contabilizou no Tottenham, Mourinho nunca tinha uma média de pontos por jogo tão baixa em nenhum clube que orientou como técnico principal... nem no Benfica. 

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