O contrato que une Sérgio Conceição ao FC Porto termina dentro de pouco mais de um mês, e, pese embora a vontade da direção liderada por Jorge Nuno Pinto da Costa passe por fechar a renovação o mais rapidamente possível, a verdade é que este é um dossier que está longe de ficar selado.
Segundo informações recolhidas pelo Desporto ao Minuto, mais do que os ordenados milionários que tanto têm dado que falar nos últimos dias, o treinador fez saber que só admite permanecer no Dragão caso lhe sejam dadas garantias de que terá condições para lutar por todos os títulos em que a equipa estiver inserida.
E, quando falamos de condições, falamos, mais propriamente, de reforços. O técnico sabe que só será possível lutar olhos nos olhos com todos os adversários em Portugal e além-fronteiras caso tenha segundas linhas que lhe permitam gerir os níveis físicos do plantel sem perder qualidade.
Foi, de resto, precisamente com isto em mente que, aquando da eliminação dos dragões dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, diante do Chelsea, o antigo internacional português avisou que era preciso algo mais para dar o próximo passo no sonho europeu.
"Sinto um orgulho enorme no grupo de trabalho que tenho e no esforço que os jogadores fizeram para estar aqui presentes. Para não acabarmos a Liga dos Campeões em abril e acabá-la em maio, é preciso mais de toda a gente, do país", afirmou.
"Estou desiludido, estou triste porque nós, FC Porto, merecíamos mais, merecíamos estar presentes nas meias-finais. Há que refletir sobre aquilo que não correu bem, porque se estamos fora é porque algo não correu bem", acrescentou, na sala de imprensa do Ramón Sánchez Pizjuán.
Direção sabe que é preciso mais
A estrutura do FC Porto está a par sobre quais as exigências de Sérgio Conceição para renovar um novo vínculo, razão pela qual, nos últimos dias, começaram a surgir os primeiros rumores a propósito de reforços já assinalados para o próximo mercado de transferências de verão.
Os azuis e brancos sabem que a ligação que o treinador mantém com o clube vai além das pretensões financeiras, como o próprio demonstrou quando recusou uma proposta milionária do Qatar, na ordem dos dez milhões de euros anuais, para regressar ao Dragão, no verão de 2017.
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