José Mourinho é um dos protagonistas do livro 'Mantenham-se loucos e famintos" de João Gabriel, escritor e antigo diretor de comunicação do Benfica.
Um livro onde se descobre, entre outras coisas, a maneira como o treinador português lidou com os êxitos, e a falta deles, ao longo da sua carreira.
“Fui um pouco vítima de mim mesmo; se pudesse, seria uma das coisas que não repetiria. Porque ganhei, ganhei e ganhei ... e entrei numa dinâmica em que não ganhar parecia o fim do mundo. Eu mesmo, um pouco pela minha personalidade, fomentei um pouco a isso de que o treino, o jogo, o trabalho é para vencer, vencer, vencer ... e depois, quando cheguei a situações onde era muito difícil vencer, o que para outros treinadores é algo aceitável, no meu caso sempre foi insuficiente. Não ganhar era um fracasso, e isso não é verdade!", começou por lamentar Mourinho, abordando também a forma como comunica com os jogadores.
“Eu sempre disse aos jogadores: em mim eles vão encontrar um tipo honesto. O tipo que fala a verdade, que fala as coisas que queres e as que não queres ouvir. Algum dia eles poderão dizer que eu sou um péssimo treinador, que fui um c****, mas ninguém poderá dizer que não fui sério e honesto”, complementou.
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