Eficácia do FC Porto: É por aí. A primeira parte decorreu, dento do que prevíamos, com algumas boas transições e oportunidades para chegar ao golo. Tivemos algumas situações e o FC Porto com dificuldades em chegar à zona de finalização. Depois surgiu a grande penalidade, mas mantivemo-nos no jogo até ao intervalo. Depois surge um erro que deita tudo a perder. Tínhamos um plano bem estruturado para entrar na segunda parte e conseguir chegar ao golo, mas os erros na segunda parte foram demais. Sofremos golos em transições, uma das coisas que trabalhamos muito durante a semana. Isto pesa muito. A defrontar uma equipa com uma eficácia tremenda, que em sete remates fez cinco golos, é mais difícil. Quando cometemos erros eles ficam mais evidentes porque dão em golo. Não podemos cometer tantos erros. Precisamos de manter o equilíbrio emocional quando as coisas não correm como queremos. As substituições foram para manter a equipa no jogo.
Desmotivação: É um pouco mais frustração, porque estamos a fazer as coisas bem e acabamos por pagar caro os erros que cometemos. Temos tido sempre gente a vir do banco para acrescentar. Há sexta jornada já defrontamos Sp. Braga, Porto e Benfica. Não nos vamos esconder, mas o grau de dificuldade tem sido elevado. Logo que conseguirmos uma primeira vitória, vamos conseguir voltar ao estado normal. Passando esta fase difícil dos jogos que tivemos até agora. Perdemos com Porto, Benfica e Braga, todos os outros resultados foram normais. Este resultado é pesado, é penalizador para o que fizemos na primeira parte. É uma lição, não podemos perder o equilíbrio emocional. Não podemos deitar a toalha ao chão. Já mostramos que mesmo a perder por 2-0, quando chegamos ao golo podemos lutar por outros resultados.
Golos sofridos: Foi o primeiro jogo em que não temos golos ou remates enquadrados na baliza. Muito graças à segunda parte, em que não estivemos bem. Hoje tirei uma estatística curiosa. Média de remates, cruzamentos, eram números muito idênticos. Do outro lado, a eficácia e a parte ofensiva e defensiva é superior. Deixa-nos satisfeitos, temos de ser mais eficazes nos duelos defensivos, não atirar a toalha ao chão. Temos de ser mais pragmáticos nos momentos de adversidade. Vamos fazer coisas diferentes das que preparámos. É a segunda vez que tenho um resultado com números estranhos. A partir do 2-0 houve outra equipa em campo. Às vezes basta um jogador pensar que é outra coisa qualquer e desmonta tudo, deita tudo a perder. Jogo a jogo, como tenho dito sempre. Ultrapassar esta fase difícil do calendário. Os calendários são o que são, mas quando se defrontam os grandes há menor probabilidade de somar pontos. Aconteceram números destes ao nosso campeão nacional na Liga dos Campeões, o que não quer dizer que tenhamos de ser iguais a nós próprios.
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