O FC Porto demonstrou que a derrota sofrida no final de outubro, que resultou na eliminação da Taça da Liga, não passou de um percalço, e este domingo, saiu de São Miguel com uma confortável vitória sobre o Santa Clara, desta feita para a I Liga, por 3-0.
Os dragões não entraram, propriamente, bem no jogo, e, com exceção de algumas investidas de Luis Díaz, raras foram as vezes em que conseguiu causar perigo a um conjunto insular sempre muito recuado, resultado num primeiro tempo aborrecido de se assistir... até bem perto do final, quando Sérgio Oliveira deu um pontapé na monotonia.
O internacional português rodou e, com um remate cruzado, colocou a bola no fundo das redes, abrindo, desta maneira, o caminho para uma vitória azul e branca que acabaria por não merecer qualquer tipo de contestação.
Os homens de Sérgio Conceição regressaram mais 'despertos' do intervalo e dilataram imediatamente a vantagem por intermédio de Luis Díaz. Instantes depois, Allano viu o segundo cartão amarelo, recebeu ordem de expulsão e 'matou' as aspirações insulares.
Sem piedade, o internacional colombiano ainda voltaria a fazer o gosto ao pé, selando, assim, uma vitória que permite aos dragões partir para a pausa para compromissos internacionais na liderança da I Liga, com 29 pontos, tantos quanto o Sporting, que bateu o Paços de Ferreira. Já o Santa Clara, continua no fundo da tabela, com apenas seis pontos.
Figura
Já começa a ser repetitivo, mas Luis Díaz foi, uma vez mais, a peça que fez a diferença no 'xadrez' do FC Porto. Mesmo rodeado de defesas adversários, o internacional colombiano encontrou sempre maneira de escapar à marcação e dar criatividade ao ataque azul e branco. E, quando deu não pelo chão... deu pelo ar, como ficou exemplificado pelos dois golos que assinou, em São Miguel.
Surpresa
Francisco Conceição só entrou em campo aos 78 minutos, para o lugar de Otávio, mas voltou a deixar boas indicações. A jovem promessa dos dragões deu nas vistas e ainda ficou muito perto de marcar um golo. No entanto, Ricardo Fernandes, com uma bela intervenção, impediu-o de festejar.
Desilusão
Uma distinção que não pode ir para outro jogador que não Allano. O avançado até assinou uma boa primeira parte, com algumas movimentações interessantes, mas tudo caiu por terra quando viu dois cartões amarelos desnecessários (o primeiro por discutir com Rui Costa e o segundo por pisar Marko Grujic) e o respetivo vermelho, deixando o Santa Clara reduzido a dez unidades durante, aproximadamente, meia hora.
Treinadores
Sérgio Conceição: O FC Porto assinou uma primeira parte muito fraca, especialmente do ponto de vista ofensivo, onde se mostrou demasiado previsível, apostando sempre, ora no jogo direto, ora nas iniciativas individuais de Luis Díaz. O golo de Sérgio Oliveira a fechar a primeira parte acabou, no entanto, por libertar os azuis e brancos, que, no segundo tempo, dominaram a seu bel-prazer.
Nuno Campos: O Santa Clara partiu para este jogo, acima de tudo, empenhado em não sofrer, optando por um bloco (muito) baixo. Os insulares demonstraram, ainda, capacidade para colocar a bola rapidamente no ataque, com dois ou três toques, mas pecou sempre na hora da definição. A estratégia era curta, e 'desmoronou' assim que a equipa ficou em desvantagem.
Árbitro
Rui Costa abusou, aqui e ali, do apito, mas não teve, de todo, qualquer influência no desfecho da partida. A decisão mais significativa foi a expulsão de Allano, por acumulação de cartões amarelos, que, no entanto, não deixa qualquer margem para dúvidas.
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