Numa carta enviada à secretária-geral da FIFA, a senegalesa Fatma Samoura, e divulgada hoje pelos dois organismos, FIFPRO e WLF defenderam a necessidade de criar condições para que os jogadores estrangeiros que atuam no futebol russo possam abandonar o país e continuar a sua profissão noutros campeonatos, sem que sejam punidos por isso.
"Esses jogadores estrangeiros podem legitimamente considerar que não estão dispostos a continuar a representar um clube russo. Devem poder rescindir imediatamente contrato com o seu empregador, sem enfrentar sanções de órgãos internacionais, e assinar por um novo clube sem serem limitados por regulamentos e pelo período de transferências", lê-se na carta.
A FIFPRO e WLF também requerem à FIFA que facilite a contratação dos jogadores que já saíram da Rússia e também da Ucrânia e que estão sem clube, fazendo cair a limitação do número de emblemas que podem representar na mesma temporada, atualmente definida em três.
A invasão da Ucrânia pela Rússia provocou a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo a ONU, com um número de mortos e feridos calculados na ordem dos vários milhares, mas ainda por determinar, tanto militares como civis, de ambas as partes.
O ataque ordenado Putin visa a "desmilitarização e a desnazização" da Ucrânia, o que significa o derrube do regime pró-ocidental de Kiev.
Os atos de guerra foram condenados pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas contra Moscovo.