O Sporting de Braga venceu, esta quinta-feira, o AS Monaco (2-0) e ficou mais perto de carimbar o apuramento para os 'quartos' da Liga Europa.
Num jogo em que os bracarenses foram globalmente superiores, o primeiro tempo recheou-se de grandes oportunidades, principalmente para o conjunto de Carvalhal, que abriu o ativo ao minuto 3, através de Abel Ruiz.
O AS Monaco respondeu com duas bolas dentro da baliza de Matheus (em lances que seriam anulados por fora de jogo) e não fez muito mais que isso, enquanto a equipa minhota ia acumulando ocasiões.
Na segunda parte, os franceses tentaram chegar ao empate e superiorizaram-se, mas sem grandes lances de perigo, de tal forma que o Sporting de Braga, na primeira jogada de verdadeiro perigo após o intervalo, chegou ao 2-0 aos 89 minutos, com Vitinha a dar mais esperanças ao público da Pedreira para o jogo da segunda mão. Em suma, uma 'bonne nuit' por parte da equipa portuguesa.
Vamos então às notas da partida:
Figura
É certo que Abel Ruiz deu o tão desejado 'bonsoir' à partida, mas foi o recém-entrado Vitinha quem fechou com 'bonne nuit' e, pelo peso que teve o golo, o destaque vai para o jovem português. Numa segunda parte de pura eficácia bracarense, Vitinha rendeu Abel Ruiz ao minuto 65 e, na única ocasião do segundo tempo, demonstrou ser a 'arma secreta' de Carvalhal e reacendeu a 'loucura' na Pedreira. Dentro daquilo que não criou, revelou ser preponderante a ajudar a equipa quando estava mais recuada e crucial a dar pujança ofensiva nas tentativas de saída.
Surpresa
Rodrigo Gomes apareceu em grande destaque, tanto na primeira parte, como na segunda metade do encontro, embora a grande oportunidade que criou tenha surgido instantes antes do intervalo. Passes eficientes, segurança com a bola nos pés, abordagens algo 'atrevidas' para ferir os oponentes diretos e uma boa leitura geral das movimentações dos colegas e dos adversários. Mais um jovem talento a emergir em Portugal e a 'dar cartas' nas provas europeias.
Desilusão
Ben Yedder esteve muito longe do nível a que costuma estar neste grandes jogos do futebol europeu. Teve apenas uma oportunidade clamorosa para mexer com o marcador, sensivelmente a meio do primeiro tempo, mas retirando esse momento acabou por estar aquém das expectativas. Bastante indefinição nas parcerias com Volland (com muito dedo de Carvalhal na abordagem defensiva) e um somatório de abordagens erradas aos oponentes diretos.
Treinadores
Carlos Carvalhal pediu agressividade à equipa e a entrada demolidora foi prova disso mesmo. Fiel ao que tem protagonizado na competição, o Sporting de Braga não se conteve na hora de rematar à baliza e o número de ocasiões foi crescendo no primeiro tempo. Isto porque a segunda parte não trouxe ocasiões para os bracarenses, que jogaram pela contenção e as substituições do técnico foram permitindo refrescar todos os setores. Uma delas não podia ter resultado melhor. A 'arma secreta' para o 2-0 estava no banco.
Philippe Clément parecia não estar totalmente preparado para a 'avalanche' ofensiva imposta pelos minhotos ao longo do primeiro tempo. A defesa esteve muitas vezes 'aos papéis' e isso possibilitou o crescimento ofensivo dos bracarenses. As indicações para dentro de campo eram de incentivo, mas o AS Monaco (já com algumas substituições) só se superiorizou no segundo tempo ao adversário e foi porque a equipa de Carvalhal preferiu recuar uns metros no terreno.
Árbitro
O alemão Felix Zwayer passou praticamente ao lado do jogo, sem que tivesse protagonizado alguma decisão mais polémica. Seguro no momento de apitar faltas, coerente na admoestação de cartões e atento às indicações do VAR, nomeadamente num dos golos anulados ao AS Monaco, uma vez que o outro tento invalidado foi prontamente sinalizado por um dos seus assistentes.
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