"Não sei se no futebol, em geral, tem havido evolução ou até retrocesso ao nível do espetáculo. Acho que há jogadores muito mais físicos, prioriza-se a velocidade e a força e, se calhar, essa preocupação já não acontece com a qualidade técnica. Antigamente, havia muitos [fantasistas], mas antigamente jogava-se de forma diferente", disse Gaitán, em declarações aos jornalistas, no final do treino aberto, no relvado secundário do estádio Capital do Móvel.
Para sustentar esta ideia, Gaitán, de 34 anos, lembrou a dificuldade de ver hoje, até na Argentina, as equipas todas a jogar com um 10 e dois avançados, como acontecia.
"Hoje o futebol mudou muito, na minha perspetiva, com mais atenção ao físico. Por norma, um jogador mais técnico não é tão bom fisicamente", insistiu.
Em Portugal, Gaitán representou o Sporting de Braga e, durante seis épocas, entre 2010 e 2016, o Benfica, próximo destino do compatriota Enzo Fernandéz.
"Não vejo os jogos do River Plate e, por isso, não consigo falar da qualidade que [o Enzo Fernandéz] pode ter. Se calhar, de certeza, tem muita, porque também se fala muito na Argentina, mas nunca vi um jogo inteiro", referiu Gaitán, formado no Boca Juniors, eterno rival do River Plate de Enzo.
Relativamente à nova temporada, o criativo argentino, que continua a jogar pela "paixão pela bola", lembrou que é tempo de "conhecer os novos colegas" e "trabalhar" para "chegar bem à primeira jornada".
"Temos uma pré-época para tentar chegar o melhor possível. O objetivo é jogo a jogo, tentar fazer o melhor possível, jogando sempre para ganhar. Queremos jogar e estar tranquilos, mas, para isso, temos de dar muito", concluiu.