O Benfica conquistou a 12.ª vitória consecutiva, esta quarta-feira, na deslocação ao reduto da Juventus (1-2), num jogo que contou com duas partes absolutamente distintas para a equipa de Roger Schmidt, que quebra um jejum de 25 anos sem triunfar em solo italiano.
As águias não podiam ter pedido um início de jogo... pior. Logo ao minuto 4, um cabeceamento de Milik colocou a equipa de Turim na frente do marcador e o Benfica apenas conseguiu reagir perto do intervalo, numa grande penalidade convertida por João Mário.
O Benfica superiorizou-se na segunda parte e não tardou em dar a cambalhota no marcador, com um remate certeiro de Neres aos 55 minutos. As oportunidades para chegar ao terceiro multiplicaram-se, mas os encarnados ainda se assustaram com a Vecchia Signora nos últimos minutos, na tentativa de chegar ao empate.
Águia entrou a dormir, mas reagiu
Depois das alterações forçadas frente ao Famalicão, Roger Schmidt regressou à estrutura habitual apresentada no arranque de temporada, com destaque para a presença de Alexander Bah no onze, mas o início de jogo ficou aquém das expectativas dos encarnados.
Praticamente logo a abrir o encontro, Leandro Paredes bateu um livre a partir do corredor direito e, no interior da área, apareceu Milik sem marcação a cabecear para o fundo das redes.
O Benfica sentiu o peso do golo e, durante largos minutos, não só não conseguiu aproximar-se da baliza contrária, como ainda permitiu que o perigo rondasse a baliza de Vlachodimos, sobretudo em investidas de Milik e Miretti.
Apenas a partir dos 20 minutos de jogo é que as águias conseguiram soltar-se e, assim, criar algum perigo junto da baliza de Perin. Gonçalo Ramos começou por ameaçar com um cabeceamento por cima e, pouco depois, voltaria a assustar de cabeça, à figura do guardião italiano.
A partir daí, os sinais de crescimento do Benfica eram óbvios e o golo acabou por aparecer perto do intervalo através de uma grande penalidade. Miretti pisou Gonçalo Ramos dentro da grande área, o VAR não hesitou em dar o alerta e o árbitro Felix Zwayer assinalou penálti. Aos 43 minutos, João Mário deu motivos de festejo aos encarnados e ainda 'picou' os adeptos contrários.
O que podia ter sido uma goleada acabou em sofrimento
Sem qualquer alteração nos onzes, o Benfica abriu o segundo tempo com mais atitude, embora a primeira ocasião tenha pertencido novamente a Milik, com um remate de fora da área a ser travado por Vlachodimos.
Mero fogo de vista por parte dos italianos. O conjunto de Schmidt apoderou-se da bola e instalou-se no meio-campo contrário com um acumular de oportunidades, uma das quais com sucesso. Aos 55 minutos, uma defesa incompleta de Perin a remate de Rafa permitiu que Neres, de primeira, atirasse para a reviravolta.
O golo deixou a Juventus desconfortável, de tal modo que o Benfica podia ter feito o terceiro logo a seguir, sobretudo nas investidas de Neres, Alexander Bah e Rafa Silva, que deixaram a defesa adversária a 'tremer'.
Com as substituições, sobretudo nas entradas de Di María e Moise Kean, a Juventus voltou a ameaçar o golo e até foram precisamente os dois recém-entrados a estarem perto do empate no mesmo lance (inclusive com a bola a bater no poste), já dentro dos últimos 20 minutos.
O Benfica passou a sair mais vezes em contra-ataque para sentenciar as dúvidas, só que também a Juventus assustou Vlachodimos. Primeiro num golo anulado a Vlahovic por fora de jogo e depois num falhanço de Faglioli na cara do guardião das águias.
Com este resultado, o Benfica - que já não vencia em solo italiano desde 1996/97, na altura frente à Fiorentina - mantém-se na liderança partilhada com o PSG, ambos com seis pontos, enquanto Juventus e Maccabi Haifa permanecem na última posição, sem qualquer ponto.
[Notícia atualizada às 22h03]
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Momento do jogo: A grande penalidade conquistada por Gonçalo Ramos, por falta de Miretti. O Benfica arrancou mal, mas aos poucos conseguiu reagir e, já bem perto do intervalo, chegou ao merecido empate, por intermédio de João Mário, algo que revitalizou a equipa para a reação no segundo tempo.
Onzes
Juventus: Perín; Danilo, Bremer, Bonucci, Cuadrado; Fabio Miretti, Leandro Paredes, McKennie; Kostic, Milik e Vlahovic.
Benfica: Odysseas Vlachodimos; Alexander Bah, António Silva, Otamendi, Grimaldo; Florentino, Enzo Fernández, João Mário, David Neres; Rafa Silva e Gonçalo Ramos.
Antevisão
Benfica desloca-se a Turim, esta quarta-feira, para defrontar a Juventus, com a missão de continuar com a série 100% vitoriosa do arranque de época.
A última vez que ambas as equipas se encontraram resultou na passagem das águias à final da Liga Europa (após um 2-1 na Luz e um 0-0 na segunda mão), com a curiosidade dessa final ter sido disputada precisamente em Turim, marcada pela vitória do Sevilla nas grandes penalidades.
Desta vez, a história é outra. A Juventus procura igualar os mesmos três pontos que o Benfica no grupo H, mas as águias têm a ambição de aumentar a distância para um dos principais concorrentes diretos aos lugares de apuramento e, dessa forma, garantir o 12.º triunfo consecutivo, pintado com 12 marcadores diferentes.
A equipa de Allegri tem oscilado no que a resultados diz respeito, de tal forma que ainda não conseguiu vencer dois jogos consecutivos e, além disso, ainda não venceu neste mês de setembro, pelo que o conjunto de Schmidt procurará aproveitar o bom momento para permanecer na liderança do grupo, onde também está o PSG atualmente.
O jogo disputado em Turim está agendado para as 20 horas desta quarta-feira, será ajuizado pelo alemão Felix Zwayer e poderá acompanhar as incidências da partida, em direto, no Desporto ao Minuto.
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