Cristiano Ronaldo e Fernando Santos terão acabado o Mundial'2022 de costas voltadas, muito por conta de um episódio durante o Coreia do Sul-Portugal. Um recado que se disse ser para um jogador coreano terá sido, na verdade, dirigido ao à altura selecionador nacional. Paulo Bento, que estava na bancada como selecionador da nação asiática, analisou o sucedido, considerando pouco agradável e até ética a forma como se justificou a atitude do capitão da seleção.
"Na bancada, em relação ao meu jogador, não me apercebi de absolutamente nada. Sei que lhe disse [a Cristiano Ronaldo] alguma coisa no momento da saída, mas tudo o que se fez à volta disso... Usou-se, de alguma maneira, o jogador da Coreia do Sul para escamotear outras coisas e isso não é agradável. Não tenho nada a ver com o que se passou, mas não é honesto justificarmos com os outros as nossas ações. Isso não me parece ético, correto nem bonito", começou por dizer em entrevista ao jornal Record.
A continuidade de Cristiano Ronaldo na seleção nacional tem sido outro tema atual. Paulo Bento não vê a equipa das quinas tão dependente de CR7 como antigamente, mas também não retira peso ao avançado.
"Há algo que me parece evidente: hoje, a seleção não depende tanto de Ronaldo como dependia há uns anos. Isso qualquer pessoa que esteja por dentro do futebol terá essa capacidade de análise. Do ponto de vista do talento, foi o melhor jogador que treinei. Nada retira o que representa para o futebol português e para o país, mas tudo tem o seu fim e compete a cada um como quer acabar e quando", concluiu.
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