O dirigente dirigiu o pedido ao secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, a propósito da visita do governante às instalações do clube transmontano, que disputa a I Liga.
"Falei em reduzir o valor do IVA dos bilhetes para o futebol. Na cultura temos 6% e no futebol temos 23%. A redução podia trazer mais adeptos [ao estádio]", frisou Francisco José Carvalho em declarações à agência Lusa.
O responsável sugeriu, por isso, que, além de a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) poder "condicionar os preços máximos" e existir uma descida na "tabela de preços dos clubes", esta redução deve ser acompanhada de "uma descida no valor do IVA para que o desconto se reflita nos adeptos".
"Com a crise que o país atravessa, era uma medida que poderia reduzir 20% o preço dos bilhetes no futebol", vincou.
Contudo, contou que o secretário de Estado lhe disse que se trata "de uma medida muito difícil" e "quase impossível", uma vez que "o Governo tem outras prioridades, como a redução do IVA nos bens essenciais".
Posto isto, "através de promoções, de oferta de bilhetes e redução nos passes", a SAD do Desportivo de Chaves compromete-se a "tentar trazer mais público ao estádio".
"Iremos tentar ter imaginação para fazer com que os adeptos venham ao estádio, o que não é fácil. Os horários também nos condicionam. Por vezes temos jogos às segundas-feiras ou ao final do dia, o que, sobretudo nesta altura, com um inverno rigoroso, não ajuda, mas temos de trabalhar para trazer os adeptos ao estádio", reiterou.
Francisco José Carvalho mostrou-se, ainda, preocupado com a alteração do regime específico de reparação de danos de acidentes de trabalho dos praticantes desportivos profissionais, aprovada na Assembleia da República, em 02 de dezembro de 2022, elogiando a vinda do secretário de Estado a Chaves numa altura "difícil" para o futebol nacional.
"É importante esta proximidade do Governo perante as sociedades desportivas. O futebol português vive momentos difíceis em termos de público, em vários temas, como a pirotecnia, os seguros [de acidentes de trabalho] e, pelo menos, este secretário de Estado tem estado atento a essas situações e tem tentado dialogar com a LPFP, com os clubes para encontrar algumas soluções para melhorar o futebol português", concluiu.
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