Jorge Teixeira, diretor-geral da Runporto, acredita que a mudança do circuito poderá traduzir-se em melhores resultados dos atletas, um percurso "muito mais plano e competitivo", e considera que a obtenção de um recorde da prova "é difícil, mas não impossível".
"Esperamos que este ano, com a pequena alteração do percurso, que, para mim, está muito mais plano e competitivo, venha a traduzir-se no resultado do próximo domingo. Sabemos que o recorde, fazer abaixo de 59 minutos [0:59.30 horas, de Zersebay Tadese (Eritreia), em 2011, é o recorde masculina a bater], é difícil, mas não é impossível. Não há impossíveis, nem o recorde do mundo é impossível, estas coisas são como os melões. Abrem-se e só no dia é que se vê se são bons ou não", constatou, na conferência de imprensa do evento, que se realizou hoje na Alfândega do Porto.
Na vertente masculina, entre os muitos nomes de peso, a organização destacou a presença dos quenianos Mike Kiptum Boit, vencedor da edição de 2018, Evans Kipchirchir Sambu, 'bronze' em 2022, e Anthony Kimutai, que conseguiu em Lille, este ano, a promissora marca de 1:00.43 horas.
Ricardo Ribas, André Silva e Ricardo Pereira são alguns dos corredores lusos na competição, que contará ainda com a notável aparição do atleta olímpico português Domingos Castro, aos 59 anos, e Eric Domingo Roldán, o desportista espanhol que ficou conhecido por correr enquanto transporta a sua mãe em cadeira de rodas, algo que fará novamente no Porto.
Na variante feminina, surge como favorita a queniana Caroline Chepkemoi, que fez 1:09.13 horas na Meia Maratona de Lisboa, em 2019, enquanto Dulce Félix, Rafaela Fonseca e Daniela Cunha comandam a participação portuguesa na prova.
No regresso a Vila Nova de Gaia, onde se estendem oito dos 21 quilómetros do percurso, após um interregno de um ano por obras na Ponte Luís I, a Meia Maratona do Porto tem partida marcada para as 09:00 de domingo, na Av. de Dom Carlos I, no Porto, junto ao Jardim do Passeio Alegre, e a chegada será no mesmo local.