É o culminar de uma era. André Villas-Boas foi, ao final da noite deste sábado, eleito o 32.º presidente da história do FC Porto, colocando ponto final no 'reinado' de Jorge Nuno Pinto da Costa, que durava já desde 17 de abril de 1982.
A confirmação surgiu pela voz de Vítor Baía, candidato pela Lista A, que, ao jornalistas, felicitou "a Lista B pela vitória": "Os sócios falaram, são unânimes nesta decisão. É um momento de transição, de mudança. Os sócios são quem manda no clube e assim o desejaram. Agora, há que preparar o futuro e apelar à união".
"Termina um legado incrível, da pessoa mais importante da história do FC Porto, a quem devemos enaltecer, porque foi incrível o patamar de excelência em que colocou este clube, Teremos de estar eternamente gratos ao seu trabalho", afirmou.
"Sabemos que o senhor presidente tem um amor e uma paixão incríveis. Naturalmente, não é um momento de grande felicidade, porque sentia que ainda tinha muito para fazer, mas há que fazer uma reflexão sobre o que aconteceu", prosseguiu.
"Os sócios decidiram por esta mudança, aquilo que desejamos é que a próxima direção consiga fazer, pelo mesmo, o mesmo que nós fizemos. O FC Porto tem de permanecer unido, está acima de tudo e de todos, e este é o momento de união, para que o FC Porto continue a vencer", concluiu.
Já Jorge Costa, o eleito de André Villas-Boas para o cargo de diretor para o futebol (e ainda treinador do AVS), não escondeu que esta é uma noite de "grande alegria", sublinhando a "grande vontade de fazer as coisas bem feitas".
Estas, recorde-se, foram as eleições mais concorridas de toda a história do FC Porto. Feitas as contas, mais de 26.000 sócios exerceram o direito de voto, entre as 9h00 e as 20h00 (hora de Portugal Continental) no Estádio do Dragão, superando o recorde de 10.731, que remontava a 1988.
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