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'The last dance'. Rúben Amorim volta à casa de partida para novo 'adeus'

Treinador de 39 anos faz o último jogo pelo Sporting em Braga, antes de rumar ao Manchester United.

'The last dance'. Rúben Amorim volta à casa de partida para novo 'adeus'
Notícias ao Minuto

07/11/24 07:55 ‧ Há 2 Horas por Miguel Simões

Desporto Sporting

Rúben Filipe Marques Diogo Amorim é um dos nomes do momento no panorama futebolístico e, já depois de ter feito a sua despedida de Alvalade, prepara-se agora para realizar o seu último jogo no comando técnico do Sporting, num encontro de cariz especial em Braga, antes de se aventurar no Manchester United.

 

Tudo isto porque foi precisamente na Pedreira que o treinador de 39 anos começou a dar nas vistas na elite do futebol português, ao ponto de ter conquistado uma Taça da Liga em apenas 13 jogos pela equipa principal dos arsenalistas. 10 vitórias permitiram a entrada de 10 milhões de euros, investidos por parte da direção de Frederico Varandas... e assim foi o início de uma bela história de Amor(im), durante quatro anos e oito meses.

A aventura de Rúben Amorim ao serviço do Sporting arrancou em março de 2020, com um triunfo frente ao Desportivo de Aves (2-0), ao qual se seguiram meses atípicos à escala mundial, por força dos constrangimentos provocados pela pandemia da Covid-19. Foi preciso esperar três meses para o regresso das competições, numa época em que o registo de seis vitórias em 11 partidas não impediu uma dramática queda do terceiro para o quarto lugar na última jornada, provocada precisamente... pela antiga equipa.

De fora do pódio para o trono

Contra todas as expectativas, aquele jovem treinador, na altura de 35 anos, conseguiu devolver o Sporting à rota dos títulos, em 2020/21, ao quebrar um 'jejum' de 19 anos com a conquista de um campeonato, mas a verdade é que a temporada nem começou propriamente bem, fruto do afastamento do playoff da Liga Europa, com uma goleada caseira diante do LASK Linz (1-4). O impacto foi grande. Não é à toa que Rúben Amorim usa tantas vezes esse exemplo para elucidar a forma como este 'novo' Sporting reage a desilusões.

Pese embora essa desilusão europeia madrugadora, o clube leonino foi dono e senhor da I Liga nessa mesma época, com 26 vitórias, sete empates e apenas uma derrota, diante do rival Benfica (4-3), já depois da festa do título. Sem adeptos nas bancadas, ainda em altura crítica da pandemia, a festa não deixou de ser feita pelas ruas de Lisboa, isto sem esquecer, claro, a Taça da Liga conquistada a meio da época, precisamente frente à antiga equipa de Rúben Amorim (1-0).

Notícias ao Minuto Na primeira época completa em Alvalade, Rúben Amorim arrecadou dois troféus e um deles quebrou um longo 'jejum'.© Getty Images  

A época seguinte arrancou com a conquista da Supertaça, imagine-se, frente ao Sporting de Braga, com uma remontada (2-1), seguindo-se aquela que foi a estreia de Rúben Amorim na Liga dos Campeões, onde caiu nos 'oitavos' aos pés do Manchester City (5-0 em Alvalade, 0-0 no Etihad), algo que não deixa de ser, no mínimo, irónico, atendendo à mais recente goleada aplicada aos campeões ingleses (4-1) na 'despedida' dos jogos em casa pelos verde e brancos.

No que toca à I Liga, apesar da repetição dos 85 pontos - desta vez com 27 vitórias, quatro empates e três derrotas -, o Sporting não conseguiu ir além do segundo lugar, seis pontos atrás do campeão FC Porto, mas já se via perfeitamente que aquele leão não 'tombava' com qualquer um, batendo-se bem contra os seus rivais em Portugal e também nas aventuras diante dos 'tubarões' europeus.

E depois de nova 'queda'... nova festa

Não se pode dizer que a temporada 2022/23 tenha sido desastrosa, mas internamente pouca coisa correu bem. Desde a eliminação precoce na Taça de Portugal, aos pés do Varzim (1-0), à derrota na final da Taça da Liga, naquela que foi a primeira conquista do FC Porto (2-0), o Sporting voltou a ficar fora do pódio, no quarto lugar. Em termos europeus, após o afastamento da Liga dos Campeões, o percurso na Liga Europa terminou nos 'quartos', com uma eliminação frente à Juventus (agregado de 3-2). E depois da 'queda', veio a festa.

Em 2023/24, o Sporting até chegou a perder frente ao Benfica, fruto de uma reviravolta dramática nos descontos (2-1), à qual se seguiria ainda uma derrota em Guimarães, diante do Vitória SC (3-2), mas seriam mesmo as únicas derrotas num campeonato em que os 29 triunfos em 34 jornadas 'atiraram' os leões para os 90 pontos e para mais um campeonato conquistado, com 10 pontos de vantagem para o rival Benfica. Desta vez, a festa teve adeptos, tanto no estádio, como no Marquês de Pombal... com uma promessa de bicampeonato que está por cumprir.

Notícias ao Minuto Sporting aproveitou um deslize do Benfica em Famalicão (2-0) e celebrou o título 'no sofá' e no Marquês de Pombal, terminando a temporada em casa, frente ao Desportivo de Chaves, com nova festa.© Getty Images  

O Sporting começou esta época como acabou a última, com derrotas diante do FC Porto na final da Taça de Portugal (2-1) e na Supertaça (3-4), mas terá sido precisamente com base na transformação da mágoa e da revolta em energia positiva que se seguiu um período de 16 jogos sem perder, com 15 triunfos e um empate. O último momento de glória foi frente ao Manchester City, que será o maior rival de Rúben Amorim assim que rumar a Inglaterra já no próximo dia 11 de novembro. Porém, antes disso, ainda há um regresso à casa de partida, para aquele que é, agora sim, a chamada 'last dance' como treinador do Sporting, já este domingo.

Leia Também: Remontada com Amor(im). Sporting 'vulgariza' Manchester City na Champions

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