O Sporting de Braga sabia da importância de ganhar diante do Hoffenheim, esta quinta-feira, na quinta jornada da Liga Europa, e foi precisamente isso que fez, por 3-0, através de um triunfo que começou a ser desenhado cedo (e que até podia ter sido mais dilatado).
O conjunto minhoto surpreendeu pela positiva logo nos primeiros 10 minutos e, no fim desse período, já ganhava por dois golos. O marcador só se voltou a mexer já perto do fim, com Vítor Carvalho a mostrar aos adeptos que havia mais que motivos para ficar até ao último segundo nas bancadas.
Antes disso, logo no arranque do jogo, Oliver Baumann mais pareceu inexperiente (o que contrasta, por completo, com os seus sólidos 34 anos) e entregou a bola a Bruma, talvez desconhecendo que o extremo precisa de pouco espaço e de pouco tempo para fazer estragos. Mal o árbitro tinha apito para o início do jogo e o Braga já ganhava por 1-0. (2')
Seis minutos depois, e com o Hoffenheim a 'suster a respiração', eis que o jovem Roger Fernandes, através de uma finalização que mostrou a Baumann que a maturidade não vem só com a idade, aumentou a vantagem e permitiu que o emblema minhoto pudesse gerir o esforço e, acima de tudo, o resultado.
As poucas réplicas do Hoffenheim foram, regra geral, muito inofensivas e aos 90+5' saiu dos pés de Vítor Carvalho um golo que não fica nada atrás do que foi apontado por Roger. A finalização de primeira fechou o resultado em 3-0 e o Sporting de Braga conquista três pontos essenciais para a permanência na prova.
Revisto o filme do jogo, vamos então às notas:
Figura
Esta foi mais uma noite mágica de Bruma. Fez o primeiro golo, fruto de um enorme oportunismo, ajudou a concretizar o segundo, recorrendo à velocidade e à excelente visão de jogo, e jogou os 90 minutos sempre com alta intensidade. Um jogão do extremo que nunca para de nos surpreender.
Surpresa
Quem viu Niakaté jogar diante do Hoffenheim tem dificuldades em acreditar que este foi o mesmo jogador que no último encontro que fez na Liga Europa, diante do Bodo/Glimt, viu dois amarelos 'de rajada' e deixou o Sp. Braga em grandes dificuldades, tanto que até perdeu o jogo. O central maliano foi o 'patrão' da defesa e foi abundante em solidez.
Desilusão
O erro cometido ao abrir o jogo por Oliver Baumann é imperdoável, ainda para mais quando falamos de um dos mais experientes guarda-redes da Bundesliga.
Treinadores
Carlos Carvalhal
Esteve muito bem em apostar num impiedoso início de jogo e em promover, depois do 2-0, uma gestão mais equilibrada do esforço de todos. As substituições efetuadas na segunda parte também foram feitas nos momentos certos e deram novo fôlego quando foi mais preciso.
Christian Ilzer
Foi incapaz de contrariar a entrada do Sp. Braga e não conseguiu alterar em nada o esquema de jogo para fazer face aos dois golos sofridos cedo. Foi um Hoffenheim muito frágil o que se viu na Pedreira.
Árbitro
Excelente arbitragem de Igor Pajac, principalmente pelo facto de ter deixado jogar e de ter tido um critério muito bem definido para ambas as partes.
Leia Também: Sp. Braga 'arruma' Hoffenheim e deixa FC Porto para trás na Liga Europa