Roy Keane é uma das vozes mais críticas do Manchester United. O antigo jogador irlandês vestiu a camisola dos red devils por 480 ocasiões e admitiu, no podcast The Overlap, emitido na quinta-feira, que chorou no dia em que saiu de Old Trafford, explicando ainda por que não se considera adepto do clube que tão bem conhece.
"Não sou adepto do Manchester United nem do Nottingham Forest. Sentes que sabes como as coisas funcionam dentro do clube, mas não me considero um adepto. Os resultados não estragam o meu fim de semana. Olho para isto de forma profissional", começou por dizer Keane, em conversa com Gary Neville, Ian Wright e Jill Scott, citado pelo talkSPORT, prosseguindo.
"Sim, fico contente se o Manchester United ganha, mas não ficaria com o fim de semana estragado se perdessem. Eu nasci na Irlanda, lembram-se? Joguei pelo clube e estou muito grato por isso. Diria que tenho um lugar especial para eles. O mesmo digo para o Celtic e para o Nottingham ou todos os clubes nos quais estive envolvido", confessou Keane, antes de partilhar um momento mais emotivo.
"Eu chorei naquela manhã em que deixei o Manchester United. Chorei dentro do carro. Liguei para a minha mulher no caminho para casa e disse: 'Mete a chaleira a aquecer'", rematou o agora comentador desportivo.
Refira-se Roy Keane transferiu-se para o Manchester United no verão de 1990, acabando por sair 14 anos depois, para jogar no Celtic. Como treinador, o antigo médio de 53 anos passou por Sunderland, Ipswich, República da Irlanda, Aston Villa e Nottingham, estes três últimos no papel de adjunto.
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